Os CATOS

No passado dia 8, o Agrupamento de Escolas da Sé realizou o seu magusto, comemorando, desta forma, o S. Martinho. Num ambiente festivo e de alegre convívio estiveram presentes professores, assistentes técnicos e operacionais, direção e representantes da Autarquia. O local escolhido para a realização do evento recaiu nas renovadas instalações do Centro Escolar de Lamego, nº 2, devido à curiosidade e ao interesse demonstrados pelos diferentes elementos da comunidade educativa em conhecer as novas instalações, dotadas de um conjunto e valências que, em muito, vieram enriquecer o parque escolar.
Após uma calorosa receção e uma visita guiada que a todos surpreendeu pela positiva, os participantes degustaram o lanche a que não puderam faltar as tão desejadas castanhas.
Mas o objetivo desta iniciativa esteve também relacionado com a apresentação, à comunidade escolar e local, de uma iniciativa de um professor do 1.º ciclo do Agrupamento de Escolas da Sé, que decidiu ceder a este agrupamento, a sua riquíssima coleção de catos, fruto de 40 anos de cuidados e dedicação a este tipo de plantas tão pouco valorizadas pela maior parte das pessoas. Desta opção, surgiu o propósito de se construir um espaço físico e de cariz pedagógico, que albergasse essa coletânea de espécies que ultrapassa um milhar de unidades.
Desde então, Moura Marques tem sido, para aqueles que o têm vindo a acompanhar neste projeto, um exemplo de entusiasmo, sabedoria e entrega, na transmissão desse legado que, acreditamos, se converterá no primeiro museu de catos desta região do Douro. Para além do seu saber sobre cada um desses diferentes tipos de xerófitas, Moura Marques é a personificação de alguém que ama o que faz e que se realiza no propósito de conservar o resultado desse hobby, que se transformou no admirável conjunto valioso de catos, de todo impensável para quem ainda não o conhece.
Os elementos da equipa que compõem a “associação de amigos dos catos” tiveram, ainda, como preocupação no encontro do dia 8 de novembro, a angariação de fundos para a construção das infraestruturas do futuro museu, através da aquisição de alguns exemplares de catos que foram sendo levados, depois de devidamente identificados e referidos nas suas características mais curiosas, pelo próprio Moura Marques.
Mas ainda muito está por fazer: é necessária verba que, não estando já disponível para levar a cabo as obras de construção da “estufa” que acolherá os catos, necessita de ser conseguida com a ajuda de todos quantos possam, e queiram, participar nesta atividade.
Considerando esta ação que, ainda não sendo já é, uma mais-valia para esta região, será premente uma intensa motivação para a obtenção de fundos, semelhante à que Moura Marques sempre demonstrou em relação ao carinho no tratamento dos “seus” catos. Estando sitiado nas instalações da escola sede do agrupamento de escolas da sé, este museu será, também, de todos quantos o queiram visitar, uma vez que, depois de construído, será aberto a toda a comunidade local e de concelhos limítrofes.

Armanda do Nascimento