Resistir e Com-Pensar
O a vir será sempre o a vir. Se o que foi serve para alguma coisa, é para que, de entre as possibilidades possíveis, um certo a vir possa vir a ser. E é o que pode vir a ser e não o que foi que verdadeiramente nos condiciona. Quando e porque antecipamos. Quando e porque expectamos. Quando e porque especulamos. Quando e porque potencializamos. Quando e porque esperamos. Quando e porque acreditamos que podemos escolher. Mesmo que não seja mais do que uma escolha “fatalmente fatal”.
Podemos dizer que o a vir pode ser melhor ou pior, mas sabemos que o ponto de vista do universo é uma possibilidade impossível. Ainda assim, podemos fatalmente escolher desistir ou resistir. Fatalmente, no nosso Agrupamento, escolhemos resistir e com-pensar. Escolhemos educar e não endoutrinar. Escolhemos que podemos sempre ouvir, mais do que falar. Que devemos ouvir antes de falar porque ninguém sabe tudo. Na verdade, sabe mais quem sabe isto. É a promessa da folha em branco.
Resistir e com-pensar pode acontecer em qualquer altura, em qualquer lado, de qualquer forma. No dia 10 de janeiro, das 11 às 13, aconteceu por causa do facto das desigualdades injustas assentes numa diferença arbitrária e moralmente irrelevante. Resistiu-se e com-pensou-se, de alguma forma. Obrigado Lurdes, Tatiana, Maria Inês, Francisca, Maria, meninas do 10.º A, do 10.ºB, do 10.ºC, do 12.ºB, do 12.ºC, Inês, Luana, Sabrina, João, Rafael, João Adrega, Inês Bártolo e Alexandre. Obrigado “Senhora” Professora Palmira F. Silva (IST) por tudo e tudo e tudo. Mas sobretudo por SER o seu ofício.
Professor Vítor Oliveira