Avaliação do Projeto ERASMUS + “Capacitar para os Ambientes Educativos do Século XXI”
A aposta no sucesso educativo através de projetos promotores do desenvolvimento de capacidades e conhecimentos, a potenciação de uma formação contínua, a produção de projetos de mudança/inovação, potenciando uma cultura colaborativa, assumem-se como algumas das prioridades do Agrupamento de Escolas da Sé – Lamego.
No mundo global em que vivemos, a colaboração com formandos e formadores de outras nacionalidades, partilhando boas práticas, técnicas e metodologias de ensino, desenvolvendo uma dimensão europeia e internacionalizando a Educação, é cada vez mais importante.
Consciente da necessidade de dar respostas aos desafios da Escola do Século XXI, o nosso Agrupamento desenvolveu, nos anos letivos de 2017/2018 e 2018/2019, o Projeto Erasmus+, Ação-Chave 1, intitulado “Capacitar para os ambientes Educativos do Século XXI”.
A Ação-Chave 1 (KA1) do Programa Erasmus+ - mobilidade individual para fins de aprendizagem - promove a formação internacional de docentes e outros profissionais do Agrupamento ligados à educação e formação.
As diferentes atividades de formação, job shadowing (consiste num tipo de mobilidade que possibilita aos participantes a vivência do quotidiano escolar dos parceiros) e cursos de formação estruturada, previstas em candidatura contribuíram para uma melhoria das competências profissionais, capacitando os participantes para desenvolverem em contexto de sala de aula as competências do século XXI, integrando as novas tecnologias, e para lidarem com a diversidade, seja ela social, cultural e linguística.
Aquando do términus do projeto, foi elaborado um relatório final pela Coordenadora em conjunto com a equipa de trabalho, alvo de uma análise rigorosa por parte Agência Nacional Erasmus + Educação e Formação.
O Agrupamento de Escolas da Sé – Lamego congratula-se pela apreciação técnica emitida por esta Agência, que aprovou o Relatório Final do projeto com 97 pontos e com uma avaliação de Excelente.
No âmbito da análise qualitativa do “Relatório Final do Projeto “Capacitar para os Ambientes Educativos do Século XXI”, verifica-se que este projeto é relevante para os objetivos da ação, bem como da organização, tendo produzido resultados de aprendizagem de qualidade e reforçado as capacidades e o âmbito internacional do Agrupamento”.
Com base nesta análise, a Agência Nacional destaca que o (…) projeto vai claramente ao encontro do Plano de Desenvolvimento Europeu descrito em sede de candidatura, nomeadamente no âmbito do desenvolvimento de competências linguísticas e de competências pedagógicas, da articulação interciclos e de internacionalização da organização, tendo-se revelado, como, pretendido, num catalisador de mudanças sustentadas na Escola, quer ao nível das práticas organizacionais, quer das práticas educativas”.
O nosso projeto, com a duração de dois anos, abrangeu todos os setores do ensino escolar (desde a educação pré-escolar até ao ensino secundário) e diferentes grupos de recrutamento, proporcionando oportunidades de formação dos recursos humanos em contexto internacional, sendo que “23 participantes de diferentes áreas/ departamentos e diferentes ciclos (educação pré-escolar, 1.º, 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário) frequentaram cursos de formação estruturada em Espanha, Grécia, Itália, Alemanha e Irlanda, e fizeram job shadowing na Áustria, Espanha e Lituânia”.
Foi ainda realçado “o importante envolvimento da Equipa Gestora do projeto e da Direção a este nível”.
Relativamente ao apoio aos participantes, este foi assegurado e “o agrupamento reporta atividades de preparação organizacional e pessoal, cujo impacto na qualidade das mobilidades é confirmado na análise da informação disponibilizada. Salienta-se muito positivamente, neste campo, as ações de formação previamente frequentadas pelos participantes sobre a temática e conteúdos do Projeto, como forma de aquisição de maior conhecimento e que, posteriormente, viria a consolidar-se com a aprendizagem nas atividades de formação em que participaram”.
No que concerne ao resultados, o relatório reporta de forma clara “impactos concretos e abrangentes do projeto, a nível pessoal (…), profissonal (…) e organizacional”, sendo dados “exemplos de integração das aprendizagens nas práticas pedagógicas, o que se valoriza muito positivamente”.
A estratégia de disseminação adotada que tornou o projeto visível a nível interno e externo também mereceu da parte da Agência Nacional uma nota digna de registo.
O facto de se prever o prolongamento do impacto do projeto para além da sua duração contribuirá “para uma maior visibilidade da organização envolvida, maximizando o potencial das atividades financiadas”.
As atividades de formação realizadas ao abrigo desta Ação contribuíram para que o Agrupamento de Escolas da Sé se afirme como uma instituição dotada de uma dimensão internacional, conhecedora de outras realidades culturais e educativas e promotora de práticas pedagógicas e abordagens inovadoras. O projeto parece ainda “conduzir ao desenvolvimento de novas parcerias e ao reconhecimento externo do trabalho efetuado elevando a qualidade do programa”.
Por último, a apreciação emitida por esta entidade refere que este “projeto foi identificado pela Agência Nacional como Boa Prática”.
A Coordenadora,
Cristina Parente