Na «IV Montra de Oportunidades», a turma aproveitou para fazer um inquérito aos visitantes do evento sobre a sua satisfação em relação aos cuidados prestados pelo Serviço Nacional de Saúde.
Dos 111 inquiridos, mais de metade elegeu a demora no atendimento como a maior falha na eficiência dos serviços. Mais de dez por cento das respostas referem a ausência de queixas. Em terceiro e quarto lugares, surge a “mal amada” taxa moderadora.
No que diz respeito ao aspeto positivo mais relevante, 25 por cento dos inquiridos declarou não ter nada a mencionar. A qualidade do atendimento e o profissionalismo dos técnicos ficaram nos lugares seguintes.
Para rir ou para lamentar?
Não resistimos a apresentar algumas respostas pelo que têm de surpreendente. Ei-las:
Pergunta: Qual a sua maior queixa em relação ao Serviço Nacional de Saúde?
Respostas: «dentes», «mês a mês».
Pergunta: O que mais o surpreendeu positivamente enquanto utente do Serviço Nacional de Saúde?
Respostas: «o desperdício dos materiais hospitalares», «não sabem tirar pontos».
Se, por um lado, estas respostas têm efeitos humorísticos, ainda que involuntários – acreditamos -, por outro lado, não deixam de ser inquietantes por revelarem que os inquiridos ou não têm capacidade de interpretação de perguntas simples ou não se concentram no que lêem. Afinal, duas ocorrências comuns nas interações escolares, muito preocupantes porque seriamente comprometedoras da aprendizagem.
Acrescente-se ainda um número elevado de «sei lá» como resposta às duas perguntas. Não será lamentável que as pessoas não tenham consciência de vivências marcantes como cremos serem as experiências negativas e positivas enquanto utentes do Serviço Nacional de Saúde? Ou não as saberão nomear?