Visita de Estudo a Vila Real

No dia 25 de junho, os alunos viajaram até Vila Real para visitar o Banco de Empréstimos de Tecnologias de Apoio (BETA), do Centro de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade (CERTIC), da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e o Palácio de Mateus.
Na UTAD, os alunos viram, no edifício do Ex-DRM, um armazém de vários equipamentos de apoio a pessoas com deficiência, temporária ou definitiva, usados e oferecidos pela Suécia. Foram-lhes apresentados, na forma e na função, os diferentes tipos de cadeiras de rodas, de elevadores de sanitas e de móveis, de andarilhos, de canadianas, de cintas e plataformas de transferência, de uma cama elétrica, entre outros. Foi uma oportunidade de conhecer uma experiência de solidariedade entre países e do Centro de Engenharia da Universidade, de conhecer a diversidade de equipamentos e de os experimentar, seguindo as explicações detalhadas do sr. eng. Fernando Gouveia, docente do CERTIC.
De tarde, os alunos visitaram o Palácio de Mateus, joia da arquitetura barroca do Norte do país. Apreciaram a valiosa coleção de peças decorativas oriundas dos quatro cantos do Império, de pintura da escola italiana de Archimboldo, a biblioteca, onde avulta a primeira edição ilustrada de Os Lusíadas. Depois, desfrutaram a beleza dos encantadores jardins franceses do palácio.
Esta visita organizada pelas professoras de Português e de Higiene, Saúde e Cuidados Gerais foi uma oportunidade para dilatar os horizontes culturais dos alunos, para estes conhecerem a variedade de adaptações de veículos, aparelhos e apoios para pessoas com dependência e um património arquitetónico e cultural de valor nacional.
O programa da visita foi integralmente cumprido, tendo ainda havido tempo par uma breve incursão unm espaço referencial da cidade, mesmo ao lado do Ex-DRM, o Jardim da Carreira. Foi uma oportunidade para a turma compreender diferentes aplicações dos conceitos adquiridos na sala de aula e desenvolver o gosto pelo saber e ainda de promover laços de convívio e amizade alunos-alunos e alunos-professores.
Por fim, saliente-se o excelente comportamento e interesse dos alunos muito estimulante para que as professoras organizadoras proponham projetos similares.

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Ação com fisioterapeuta Rui de Sousa Lopes sobre posicionamentos e transferências

O formador Rui de Sousa Lopes

O formador Rui de Sousa Lopes

No dia 19 deste mês, a turma teve uma ação de formação com o fisioterapeuta Rui de Sousa Lopes subordinada ao tema «Posicionamentos e transferências» do utente com alguma dependência.
O formador reforçou a sensibilização em relação ao papel de um TAS na prevenção das úlceras de pressão, insistindo na importância da sua prevenção, através de posicionamentos frequentes, de vigilância da higiene corporal e de massagens da zonas críticas, bem como na importância de tomar medidas aos primeiros sinais de pressão.
Alertou para a necessidade de um TAS ser criativo para estar apto a improvisar, perante a escassez de material que se vive nas unidades de saúde, nomeadamente no que diz respeito a lençóis e almofadas, sobretudo para posicionamentos. Salientou a necessidade imperiosa do trabalho em equipa, referindo-se às diferentes competências e funções, cuja diversidade deve funcionar de modo sinérgico, com o intuito de melhorar o serviço prestado ao utente.
Ainda no que diz respeito ao trabalho de esquipa, referiu a importância do cumprimento escrupuloso de todas as tarefas do turno, sublinhando a importância de nunca deixar uma higiene por fazer para os elementos do turno seguinte. Também mencionou a importância da comunicação entre os turnos, quer por escrito, no livro de ocorrências, quer a que é transmitida oralmente.
Toda a parte expositiva foi ilustrada por pertinentes e valiosos exemplos. A sessão prática incidiu sobre a atuação de um TAS em caso de queda do utente e a transferência de doentes de cadeira para cadeira, de pé para a cadeira, da cama para a cadeira e vice-versa.
Toda a sessão foi feita com esclarecimentos de dúvidas pertinentes que os alunos iam apresentando.
A turma considera que a ação foi muito proveitosa, apesar da sua curta duração, pelo que deseja que se faça outra com o mesmo formador a quem agradece a disponibilidade e a excelente capacidade comunicativa.

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Julgamento do caso de cegueira no Santa Maria aproxima-se do fim

[A propósito do estudo das consequências do erro humano em saúde]

Colectivo de juízes marca para 9 de Maio alegações finais da acusação e das defesas dos dois arguidos no processo.
763415Foram ouvidas em tribunal, nesta quinta-feira, as últimas testemunhas no julgamento do caso da troca de medicamentos que provocou a cegueira a seis doentes no Hospital de Santa Maria, em Lisboa. A próxima sessão, marcada para 9 de Maio e onde serão feitas as alegações finais da acusação e defesa, deverá ser a última antes da leitura da sentença.
O caso data de Julho de 2009, quando seis doentes deixaram de ver após terem sido submetidos a uma cirurgia oftalmológica que lhes prometia uma melhor visão. Os dois únicos arguidos no processo — a técnica de farmácia Sónia Batista o farmacêutico Hugo Dourado — são acusados de terem estado na origem de uma troca de medicamentos que levou à perda de visão dos seis pacientes. Arriscam pena de prisão entre dois e dez anos, uma vez que são acusados de seis crimes graves de ofensa à integridade física.
A acusação alega que não foram respeitadas as recomendações previstas no manual de procedimentos de aproveitamento de medicamentos em vigor no hospital. Na altura, o Hospital de Santa Maria utilizava um sistema de alíquotas, através do qual as sobras de medicamentos são conservadas em seringas devidamente rotuladas. A escolha posterior destas sobras para uso clínico era, contudo, feita sem supervisão.
“A defesa está convicta de que a Sónia fez o preparado de acordo com as indicações que estavam na alíquota”, disse ao PÚBLICO o advogado de defesa Victor Faria, durante uma pausa no julgamento na manhã desta quinta-feira.
O farmacêutico Hugo Dourado tem afirmado que não existia manual de procedimentos na Unidade de Produção de Citotóxicos (UPC) e que este foi criado “à pressa” depois do acidente com o medicamento Avastin.
Nesta última audiência, Inês Silva, testemunha convocada pela defesa e colega dos arguidos, explicou que os procedimentos eram todos controlados pela coordenadora da UPC, Regina Lourenço. “Em termos de procedimentos era ela que decidia e, se houvesse alguma alteração, também era ela que nos comunicava”, disse.
Ouvida anteriormente em tribunal, Regina Lourenço admitiu ter deitado fora as sobras do medicamento em questão, que constituíam prova para o julgamento.
Na sequência deste caso, o hospital deixou de utilizar este sistema concreto de aproveitamento de sobras e reforçou o número de farmacêuticos e técnicos de farmácia. “Passou a estar o triplo da gente: está uma pessoa fora da câmara de preparação, outra a preparar o produto e ainda outra a validar o processo”, explicou a testemunha Inês Silva. “Acho que é uma reacção exagerada, não era preciso”, concluiu, acrescentando que o reforço de pessoal não corresponde a um aumento na carga de trabalho.
O julgamento do caso começou há mais de um ano, em Fevereiro de 2012, e, de acordo com o advogado da defesa, a demora está sobretudo relacionada com a “marcação de sessões espaçadas”.
As indemnizações aos pacientes lesados não passaram pelo tribunal. Foi antes criada uma comissão arbitral, que estipulou valores entre os 26 mil e os 246 mil euros para as vítimas.

Data: 11/04/2013. Notícia selecionada pela professora Maria Filomena.
Fonte: Público, http://www.publico.pt/n1590959

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Oncologistas denunciam preços elevados de medicamentos contra o cancro

[Outra notícia preocupante para todos]

Nos EUA, o custo dos medicamentos “praticamente duplicou” na última década. Uma centena de médicos juntou-se para contestar esta política

767042O preço dos medicamento para o tratamento da leucemia mielóide crónica é “demasiado elevado” a nível mundial, pondo em risco o acesso dos pacientes aos tratamentos – a conclusão é de um grupo de mais de 100 oncologistas a nível mundial especializados neste cancro, mas pode ser alargada aos tratamentos de outras formas de cancro.
Na reflexão que publicaram na revista Blood, da Sociedade Americana de Hematologia, estes médicos abordaram aquilo a que os autores chamam a “espiral de preços” dos medicamentos para o tratamento de cancro, em particular os novos fármacos lançados no mercado.
O Gleevec, medicamento contra a leucemia mielóide crónica, que começou a ser comercializado nos EUA em 2001 por 30 mil dólares anuais (23 mil euros), custa hoje três vezes mais, embora tenham surgido cinco outros medicamentos do mesmo tipo, escrevem os autores – entre os quais se inclui Brian Druker, o principal autor do trabalho académico que levou ao desenvolvimento deste medicamento e que, segundo o New York Times, teve de “empurrar” a Novartis para se lançar na sua produção.
Nos Estados Unidos, o ponto de partida da análise, o custo dos medicamentos “praticamente duplicou” na última década, explicam os médicos, tendo como referência 12 fármacos aprovados pela autoridade norte-americana de controlo alimentar e de medicamentos (FDA).
Onze custavam mais de 100 mil dólares (77 mil euros) por ano. De cinco mil dólares (cerca de 3800 euros) por mês há uma década, passaram a custar dez mil dólares mensais (7690 euros), segundo o mesmo artigo.
“Entre os vários factores complexos envolvidos” até ser fixado o preço de um medicamento contra o cancro, os peritos encontram uma “fórmula simples” que se traduz num aumento do custo dos fármacos: por norma, dizem, o preço do medicamento mais recente é fixado no mercado com um valor 10 a 20% mais elevado.
O impacto do preço dos medicamentos nos doentes com cancro é diferente de país para país, consoante o seu sistema de saúde. No entanto, os oncologistas alertam de uma forma genérica que, nos casos em que os doentes têm de assumir parte do custo do medicamento, isso cria uma barreira no acesso ao tratamento por parte dos doentes com rendimentos mais baixos. Mas se for o sistema de saúde a assumir os encargos, ou boa parte dos encargos, em algum momento os custos hão-de tornar-se insustentáveis.
Muitos dos autores deste artigo têm laços com a indústria, mas afirmam os preços estão muito mais altos do que é preciso para sustentar a investigação científica que está na base da indústria farmacêutica. “Se se está a ter lucros de 3000 milhões de dólares por ano com o Gleevec, será que não se podia passar bem com 2000 milhões?”, comentou ao New York Times o médico Brian Druker. “Onde é se cruza a fronteira entre lucros necessários e ganhos indevidos?”.

Data: 27/04/2013. Notícia selecionada pela professora Maria Filomena,
Fonte: Público, http://www.publico.pt/n1592693

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Notícia preocupante para os profissionais e para os utentes do SNS

As unidades do Serviço Nacional de Saúde só podem adquirir dispositivos médicos, equipamentos hospitalares de pequeno porte ou consumíveis como umas simples luvas, suturas, pensos ou desinfectantes se os preços unitários forem, pelo menos, 15% inferiores aos cobrados em 2012.
O cerco aperta-se mais ainda para as unidades que atinjam um valor acumulado de cinco milhões de euros de despesa com este tipo de material e que, nesse caso, terão de conseguir ainda uma redução adicional de 5% sobre o preço da última aquisição.
imagem hospital
As novas regras entraram em vigor nesta quarta-feira e surgem num despacho do Ministério da Saúde publicado terça-feira em Diário da República.
O Ministério da Saúde exclui deste regime apenas os “equipamentos de grande porte destinados ao tratamento e ao diagnóstico, como sejam, designadamente, equipamentos de raios-X, equipamentos de tomografia axial computorizada ou autoanalisadores de amostras de diagnóstico in vitro.
No despacho, assinado pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, o ministério justifica que “atendendo ao peso crescente das despesas com dispositivos médicos nos encargos das unidades de saúde do SNS, torna-se necessária a implementação de medidas que visem a desaceleração desse crescimento”.
Entre outras regras, impõe-se que nos casos em que não tenha sido adquirido em 2012 nenhum dispositivo similar ao que se pretende comprar este ano as unidades devem ter em consideração o “preço unitário da última aquisição”. E para esta referência devem ter em conta “os preços mais baixos de aquisição por cada serviço ou estabelecimento do SNS, tendo em conta todos os descontos comerciais e financeiros, ou outros, concedidos e com impacto na determinação daquele preço”.
O despacho garante ainda uma monitorização destas despesas exigindo relatórios trimestrais a todas as unidades sobre este tipo de despesas. Assim, até dia 10 de Julho, 10 de Outubro de 2013 e 10 de Janeiro de 2014, as unidades têm de reportar à Administração Central do Sistema de Saúde e ao Infarmed “o valor de todas as aquisições de dispositivos médicos, no trimestre civil imediatamente anterior […], por fornecedor e através de ficheiro informático a disponibilizar”.
Na lista de mais de 22 tipos de dispositivos médicos estão, por exemplo, equipamentos para diagnóstico in vitro, implantáveis, protésicos, para o aparelho respiratório e anestesia, para hemodiálise, transfusão e hematologia, para uso óptico e oftálmico, para o aparelho cardiocirculatório, para o sistema nervoso e medular, instrumentos cirúrgicos multi-uso, entre outros. Por fim, incluem-se ainda aqui os chamados “consumíveis vários”, que se traduzem em “material de penso, luvas, suturas, protecção e auxílio para incontinência”, material de ostomia e desinfectantes.
De acordo com os dados mais recentes, do final do ano passado, a dívida dos hospitais públicos às empresas de dispositivos médicos ascendia a 667 milhões de euros, correspondendo a um prazo médio de pagamentos de 361 dias.

Data: 24/04/2013. Notícia selecionada e apresentada pela professora Maria Filomena.
Fonte: Público, http://www.publico.pt/n1592405

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Mais de metade dos portugueses queixa-se de erros médicos

Mais de metade dos portugueses já apresentou queixas sobre erros médicos, indica um inquérito da associação de defesa do consumidor DECO, hoje divulgado, que defende um seguro obrigatório de responsabilidade civil para os profissionais de saúde.
No inquérito sobre a percepção de erros na área da saúde realizado pela Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores (DECO), em conjunto com as suas congéneres na Bélgica, Espanha e Itália, publicado na revista Teste Saúde, participaram 4.600 europeus, dos quais 1.575 são portugueses.
De acordo com o inquérito, mais de 60 por cento dos portugueses revelaram preocupação face a possibilidade de serem vítimas de más práticas, sendo que 58 por cento apresentaram queixa.
A DECO refere também que cerca de um quinto dos portugueses considera que o próprio ou um familiar foi vítima de erro relevante pelo menos uma vez nos últimos 10 anos, enquanto os que se abstiveram argumentaram que não valia a pena, pois o doente fica sempre a perder.
Para fazer face a este tipo de situações, a DECO exige que seja obrigatório para os profissionais de saúde um seguro de responsabilidade civil com indemnizações adequadas à realidade portuguesa.
A DECO defende também um regime de «responsabilidade objectiva inerente à actividade médica que possa diminuir o recurso aos tribunais e/ou acelerar decisões, ou seja, face a um dano, o doente é compensado através do seguro, sem ter de demonstrar a culpa dos profissionais».
Para que o doente possa provar o erro médico, deve ter livre acesso aos seus registos médicos e a uma segunda opinião de um profissional de saúde.
A DECO defende ainda um sistema de monitorização dos erros, que recolha e centralize a informação e emita propostas para melhorar a prevenção.
A associação lembra ainda que o doente que considere ter sido vítima de erro e negligência médica deve recorrer ao Livro de Reclamações, sendo a queixa depois remetida à Entidade Reguladora da Saúde.

Data: 28/09/2011. Notícia selecionada e apresentada por Micael Silva, n.º 8.
Fonte: semanário Sol, http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=29572

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Satisfação em relação ao Serviço Nacional de Saúde

Na «IV Montra de Oportunidades», a turma aproveitou para fazer um inquérito aos visitantes do evento sobre a sua satisfação em relação aos cuidados prestados pelo Serviço Nacional de Saúde.
Dos 111 inquiridos, mais de metade elegeu a demora no atendimento como a maior falha na eficiência dos serviços. Mais de dez por cento das respostas referem a ausência de queixas. Em terceiro e quarto lugares, surge a “mal amada” taxa moderadora.
No que diz respeito ao aspeto positivo mais relevante, 25 por cento dos inquiridos declarou não ter nada a mencionar. A qualidade do atendimento e o profissionalismo dos técnicos ficaram nos lugares seguintes.

Para rir ou para lamentar?

Não resistimos a apresentar algumas respostas pelo que têm de surpreendente. Ei-las:
Pergunta: Qual a sua maior queixa em relação ao Serviço Nacional de Saúde?
Respostas: «dentes», «mês a mês».
Pergunta: O que mais o surpreendeu positivamente enquanto utente do Serviço Nacional de Saúde?
Respostas: «o desperdício dos materiais hospitalares», «não sabem tirar pontos».
Se, por um lado, estas respostas têm efeitos humorísticos, ainda que involuntários – acreditamos -, por outro lado, não deixam de ser inquietantes por revelarem que os inquiridos ou não têm capacidade de interpretação de perguntas simples ou não se concentram no que lêem. Afinal, duas ocorrências comuns nas interações escolares, muito preocupantes porque seriamente comprometedoras da aprendizagem.
Acrescente-se ainda um número elevado de «sei lá» como resposta às duas perguntas. Não será lamentável que as pessoas não tenham consciência de vivências marcantes como cremos serem as experiências negativas e positivas enquanto utentes do Serviço Nacional de Saúde? Ou não as saberão nomear?

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Participação na IV Montra de Oportunidades

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DSCI0010Nos passados dias 10 e 11 deste mês, a turma participou na «IV Montra de Oportunidades» de Lamego.
Foram feitos inquéritos sobre a satisfação em relação os serviços de saúde e foram dinamizados workshops: um de Suporte Básico de Vida, no auditório da Escola Secundária Latino Coelho, no início da tarde do primeiro dia; outro de massagens às mãos e às costas, durante os dois dias, no Pavilhão Álvaro Magalhães.
Foram atendidas mais de cem pessoas, num ambiente de receção calorosa e de colaboração entre os elementos da turma que reuniu saberes e empatia para melhorar técnicas de comunicação e a qualidade dos serviços.
A turma crê que foi uma oportunidade de divulgar a qualidade do curso e de estabelecer contactos para futuros intercâmbios e parcerias.
Refira-se que o sucesso da participação não será alheio ao espaço que foi destinado às atividades, cujas condições (arquitetura e equipamento) eram muito adaptadas ao trabalho previsto.
Tal sucesso deve-se, assim, a estes fatores e à cuidada planificação dos organizadores e ainda à direção da escola que apoiou totalmente a iniciativa.
Finalmente, cumpre referir que foi uma oportunidade para provar conhecimentos, realizar aprendizagens para futuras mostras do trabalho da turma.

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Metade dos hospitais sem prevenção de erro médico

[Notícia apresentada e comentada no âmbito do estudo do erro humano, das suas causas e consequências, na área da Saúde.]

Total de processos por erro ou negligência médica dispararam nos últimos anos. Indemnizações a doentes ultrapassam os 29 milhões de euros.
Apenas 53% dos hospitais públicos têm protocolos de prevenção de erro médico. Estes mecanismos, que resultam de processos de acreditação de segurança e qualidade, dão aos hospitais “menos margem para errar”, disse ao Diário Económico o médico José Fragata, autor do livro “Erro em Medicina”.
O inquérito da Inspecção Geral das Actividades em Saúde (IGAS), que avaliou, em 2009, o erro médico em 68 hospitais do Serviço Nacional de Saúde, conclui ainda que apenas um terço destas unidades de saúde admite ter sistemas informatizados de alerta e prevenção de riscos.
“Vai sempre existir uma taxa de erro, mas quanto melhor e mais seguro for o sistema, menor é a probabilidade de errar”, explicou José Fragata.
De acordo com dados publicados no livro de José Fragata, por cada 100 doentes que recorrem ao hospital, 10 são vítimas de erro médico, ainda que em 65% dos casos sem consequências para a sua saúde. E ainda que em Portugal não exista um registo oficial destes casos, por extrapolação, a partir de estatísticas internacionais, é possível concluir que três mil pessoas morrem anualmente vítima de erro no sistema de saúde português.
Nem todos os casos de negligência médica chegam aos tribunais mas a verdade é que nos últimos anos o número de processos judiciais sobre esta matéria aumentou exponencialmente. Actualmente, o Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa está a investigar 81 inquéritos. No primeiro semestre deste ano já deram entrada no departamento dirigido por Maria José Morgado 14 novos processos. O número de acusações também aumentou. Em 2008 o Ministério Público de Lisboa acusou um profissional de saúde, mas no ano seguinte existiram três casos de acusação.
“Os processos têm aumentando consideravelmente, pelo menos no distrito judicial de Lisboa”, garante o juiz desembargador Eurico Reis. E avança duas explicações: “Se por um lado as pessoas têm mais noção do seus direitos, admito também que exista menos controlo da qualidade dos serviços de saúde quer no sector privado, com a proliferação de novas unidades, quer no público onde antes havia um maior controlo interno ligado às progressões na carreira”.
A jurista Vera Lúcia Raposo diz que há alguns anos era difícil encontrar um advogado disposto a defender um doente contra um médico. “Existia um grande ‘lobby’ da classe. Até porque em casos de erro médico a acusação tem de contar com o testemunho de outros médicos, muitas vezes colegas, para provar a culpa”. Hoje, “muitos advogados já não vêem estes processos como uma causa perdida e muitos do processos que chegam a tribunal são bem sucedidos para o doente”, esclarece a professora de Direito da Universidade de Coimbra.
Prova disso é o valor das indemnizações pagas a doentes em processos de erro ou negligência médica. Os pedidos de indemnização aos hospitais públicos em acções judiciais por assistência clínica alegadamente deficiente ultrapassaram os 29 milhões de euros, entre 2005 e 2007, segundo contas da IGAS. Só este ano, o Estado pagou um valor total de 597 mil euros aos seis doentes que cegaram, no ano passado, no Hospital de Santa Maria, na sequência de uma troca de medicamentos na farmácia hospitalar. Walter Bom, o único que ficou sem ver dos dois olhos, recebeu a maior indemnização de sempre em Portugal: 246 mil euros. Até então o valor mais alto atribuído pelo Supremo Tribunal de Justiça, em Março de 2008, foi de 225 mil euros a um caso de negligência médica. Todo o processo dos cegos do Santa Maria, que não chegou a tribunal, “foi exemplar” diz Eurico Reis que presidiu à comissão arbitral de acompanhamento para definir as indemnizações dos seis doentes. “Era bom que este exemplo abrisse um precedente para outros casos”, acrescenta o juiz.
Como se calculam os valores das indemnizações
Para calcular os valores que atribuídos em indemnizações por danos não patrimoniais sofridos por um adulto é seguida uma fórmula que tem em conta vários factores pré-definidos, que têm sido uma espécie de guia orientador para as decisões judiciais. Primeiro são consideradas a idade e a situação profissional do lesado, e depois é feita uma estimativa do rendimento esperado de vida activa, de acordo com o progresso profissional esperado durante a vida activa do sujeito. O sucesso profissional é por isso um dos factores mais relevantes nestes cálculos, porque é a partir dessa ponderação que se estima quanto é que o lesado perde tendo em conta a gravidade do dano. Caso se trate de uma criança as contas são diferentes, porque apesar da esperança de vida ser maior, não há ainda forma de calcular o rendimento que esta poderia vir a ter ao longo da sua vida activa.
Como proceder em caso de negligência
Sempre que uma pessoa considere que sofreu um dano numa instituição de saúde deve recorrer em primeiro lugar ao Gabinete do Utente. A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) é outra porta a que o doente pode bater. Neste caso, perante a queixa apresentada, a IGAS tem meios próprios para investigar o caso, o que acontece na maioria das situações. Sempre que considere que se justifica, a IGAS pode comunicar a situação ao Ministério Público passando assim o processo a correr na via judicial. Contudo, qualquer cidadão pode recorrer directamente ao Ministério Público e pedir a abertura de um inquérito. No ano passado foram apresentadas 52.779 queixas de serviços de saúde ao Gabinete do Utente. O tempo de espera foi o motivo mais invocado pelos utentes para a insatisfação.

Data: 15/08/2010. Notícia recolhida por Elisabete Costa Lourenço, n.º 6, em 03/04/2013.
Fonte: jornal Económico, http://economico.sapo.pt/noticias/metade-dos-hospitais-sem-prevencao-de-erro-medico_96918.html

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Governo vai responsabilizar famílias que abandonem idosos em lares ou hospitais

O Governo pretende responsabilizar as famílias que abandonem os idosos nos hospitais ou nos lares e para isso vai pedir a ajuda às instituições de solidariedade social, uma medida incluída no protocolo assinado com o setor social.
Perante os deputados das Comissões de Orçamento, Finanças e Administração Pública e da Segurança Social, o ministro Pedro Mota Soares apontou que o país tem um problema social que não tem conseguido resolver, que sendo um problema “recente”, o ministro entende que não resulta apenas “do difícil período financeiro” que o país atravessa.
O problema em causa, segundo o ministro, é o abandono de idosos nos hospitais, lares ou até na própria casa, e para o qual Mota Soares quer não só conhecer as causas, mas também encontrar soluções.
“Queremos discutir medidas até de incidência legislativa que possam responsabilizar as famílias e nesse sentido vamos contar com contributos da CNIS [Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade], Misericórdias e Mutualidades”, anunciou Mota Soares.
Para isso, o ministro disse que pretende pedir a ajuda também de sociólogos, classe médica, políticos e grupos parlamentares.
Na opinião de Mota Soares, o abandono de um idoso “é um problema real, que não pode continuar encoberto porque é uma fragilidade nacional”.

Data: 12/11/2012. Notícia recolhida e selecionada por Domingos Guedes, nº5, em 03/04/2013.
Fonte: Jornal de Notícias, http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2881733

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