Para 2012, desejo:

Passar de ano,
Ótimas notas,
Ler bons livros,
Escrever um livro,
Namorar muito,
Ter um futuro feliz com a rapariga de que eu gosto,
Ter uma vida repleta de felicidade com o rapaz de que gosto,
Ser tia,
Ter um irmão,
Andar de avião,
Ver mais vezes a minha família que está no estrangeiro,
Paz,
Amor,
Saúde,
Amigos verdadeiros,
Que se deixe de falar tanto em crise,
Emprego para os meus pais,
Abono de família,
Uma festa-surpresa,
Um local acolhedor para estudar,
Poder ser criança,
Ser sempre exemplar,
No fundo, ser feliz!

Aléssia Pereira, Aléssio Batina, Andreia Fernandes, Beatriz Duarte, Mariana Rua, Sofia Fernandes – 7ºD

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A casa das palavras

(Homenagem a Eduardo Galeano)

A ideia surgiu ao ler  texto do autor uruguaio «La casa de las palabras», inserto  no seu Libro de los abrazos. O texto foi apresentado ao grupo de escreventes que o achou muito estimulante. Lançaram-se várias possibilidades de entrada nesta curiosa casa. Eis três delas:

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Tinha ouvido dizer que a casa das palavras é uma espécie de… segunda casa para poetas, escritores, jornalistas, bloggers, neologistas, sem esquecer os publicitários, que são dos que mais brincam com elas.

Un día hermoso… estava eu a vagabundear num labirinto sem fim, até que dou de caras com um grande alvoroço. Era uma multidão a entrar e a sair daquela esplendorosa casa, pessoas de vários continentes. Todas elas pretendiam o mesmo: ver, tocar, cheirar, trincar as palavras.

Entrei e… magnífico! As palavras pairavam como uma leve brisa, andavam umas atrás das outras, para formarem neologismos: caminhão-pipa, seguro-emprego e motoboy, enquanto as palavras “caras” eram as mais raras de encontrar. Só consegui ver ao longe a «hecatombe» e a «meticulosa».

Andei por uns minutos, até que uma… pousou em cima do meu nariz. Olhei-a, acarinhei-a, e ela? Olhou-me e ternamente declarou… AMO-TE.

Nesse mesmo segundo, essa palavra ficou presa dentro do meu coração.

 

Diogo Ribeiro, 11.º B

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Andava eu a deambular por uma livraria no Oeiras Parque, a ver se já havia o livro O Diário do Imortal Nicolas Flamel: A Feiticeira quando encontrei um livro caído no chão. Peguei nele, achando que era o correto a fazer quando reparei no título do texto na página 7: La casa de las palabras.  Falava  de uma casa aonde as palavras habitavam, guardadas em frascos de cristal. Uma ideia bastante original e engraçada. Depois de o ter guardado passei cerca de meia hora na Worten a “namorar” alguns videojogos mas sempre a pensar se la casa de las palabras existiria realmente.

Ao que parece sempre era verdade. Ficava algures no Uruguai embora não tivesse conseguido encontrar uma localização específica. Dizia-se, no entanto, que apenas as pessoas realmente hábeis numa língua, fosse ela qual fosse, é que sabiam da sua localização. Simples. Liguei à minha professora de Português do secundário, pois ela de certeza que a conhecia, e aliás já a devia ter visitado de tão viajada que é.

«Algures no Cerro Catedral na região de Las Cañas». Foi isto que a Srª Professora me disse. Curioso, apanhei o primeiro avião do dia seguinte para o Uruguai.

Bem me podia ter dito que a casa estava muito escondida porque eu demorei uma semana para a encontrar e fiz várias chamadas internacionais para a Sr.ª Professora a garantir que ela estava realmente naquela montanha e a pedir direções porque ninguém (e eu digo mesmo: ninguém!) é capaz de a encontrar sem instruções MUITO ESPECÍFICAS!!! Mas enfim, lá cheguei, esgotado, depois de duros dias à procura, a uma pequena casa de madeira de aspeto abandonado, humilde e discreta. Eu próprio não achei, ao princípio, que era aquela mesmo a casa, mas a minha guia confirmou-o através da estática da chamada transatlântica. Estranhando, entrei.

Por dentro, a casa fez-me uma confusão enorme. Era BEM maior do que por fora. Dizer que era gigantesca era um insulto, colossal mal chegava aos calcanhares do seu tamanho. O que posso dizer é que a casa parecia poder controlar a dimensão do espaço. Havia prateleiras sem fim até onde a vista já não chegava. Todas elas cheias de frascos de cristal com palavras. Todas elas organizadas por línguas. Todas elas a desejarem ser usadas. Havia mais gente para além de mim dentro da casa, não muita, mas alguma. Julgo que vi alguém lá ao fundo na zona alemã, mas estava tão longe que não tenho a certeza. Reparei que ao meu lado havia uma espécie de segway com um pequeno ecrã que servia de GPS. Certamente para ajudar no transporte pois existem cerca de 6912 idiomas no mundo actualmente e não seria muito agradável ter de andar até ao… Vietnamita, por exemplo. Mesmo assim, de segway ainda é capaz de demorar, mas sempre se cansa menos as pernas. Inseri as instruções e a pequena motorizada começou a andar sozinha. Assim que ficou numa linha perpendicular às prateleiras, o monitor passou uma mensagem a dizer “Agarre-se bem”, umas pulseiras metálicas prenderam-me os pés e as mãos e a máquina acelerou brutalmente. Facilmente chegava aos 300 km/h, as prateleiras já não passavam de borrões castanhos e eu gritava (de alegria, ainda que no início me tivesse assustado). No monitor passavam as línguas, indicando quanto tempo é que faltava até chegar ao destino. Ainda sorri quando reparei que também tinham o dialeto do Mirandês mas, quando cheguei e vi aquele grande placard a dizer “Português” eu pensei: “Que palavra é que procuro?”.

Larguei o segway e decidi apenas deambular a ver o que encontrava. No “A” reparei na palavra “adorável” e através do cristal podia-se ver um vocábulo muito fofo e de uma cor tão doce, a pedir, numa voz muito bonita e bem… adorável… para a utilizar. Não resisti a não dizer o seu nome. Riu-se de uma forma encantadora e agradeceu. Não sabia que as palavras eram assim. Ainda me assustei ao abrir o frasco do “barulho”, levei um murro da palavra “mau” (erro meu, por sequer pensar que nada me aconteceria ao abrir aquele frasco). Achei que a palavra “maquiavélico” estava a engendrar um plano para me matar e deliciei-me com a palavra “chocolate” (pena que não possa ficar com ela para sempre). Bem, ainda reparei na “fineza” da “aristocracia” e que a palavra “bonito” pareceu estar a ganhar algum pó, mas devido a trapalhice minha, deixei cair o frasco da palavra “farisaico” que se desfez por completo. A palavra, que parecia bastante feliz no seu lugar, desapareceu num instante assim que a oportunidade apareceu. Como vim a perceber nas semanas seguintes, a palavra aproveitou para se infiltrar nos vocabulários de todos e forçar a sua utilização, independentemente de ser bem empregue ou não.

Achei melhor ir-me embora depois deste acidente, no entanto, a minha consciência não me permitiu partir sem antes deixar um bilhete no local onde estava a palavra, a pedir desculpa pelo sucedido e para me telefonarem caso fosse necessário pagar pelo frasco.

Ainda hei-de voltar lá um dia destes, fazer uma pesquisa a sério, aprender novas palavras para os textos que gosto de escrever, de vez em quando, em português e em inglês, mas também para voltar a andar naquele segway. Uííííííííííííííííííííííííí!!!…

Sebastião Perestrello, 11.º B

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A balbúrdia estava instalada, as palavras estavam todas desordenadas, todas corriam de um lado para o outro à procura dos seus sufixos ou prefixos para se unirem de novo e encherem os frascos correspondentes. Sim, porque nesta casa as palavras vivem dentro de frascos.

A Alegria tinha dado uma festa, seria o seu aniversário, mas como já lhe perdeu a conta chamou apenas o Bailarico para pôr todos a dançar.

Mas a hora das visitas aproximava-se e «não é nada de bom tom receber os nossos  ilustres utilizadores com esta desarrumação!»- refilam as palavras chiques: o Glamour e o Charme.

Já com tudo em ordem, quando a última palavra, a Fama, se recolhe  espalhando  o seu brilho pelo salão, o Silêncio toma conta da casa.

O relógio bate quatro horas certas, ouvem-se passos no corredor, a maçaneta da porta roda, e como já era habitual às quartas-feiras, entram os especialistas mais esperados pelas palavras, os escritores, e principalmente os poetas.

As palavras dentro dos frascos agitavam-se. Todas queriam ser escolhidas por estes especialistas, pois eles fazem maravilhas com elas e tornam-nas conhecidas.  O que era óptimo para os neologismos, mas péssimo para os arcaísmos que ao ver os especialistas a pô-las de lado, se juntam num só frasco, decidem abrir um pequeno consultório para partilhar com todas as palavras mais novas as suas experiências de vida e aconselhar-lhes caminhoz de sucesso.

Para escolher as palavras, os poetas abriam frasco a frasco, mergulhavam a pontinha do dedo, experimentavam com a ponta da língua e só eram escolhidas as mais docinhas ou as mais amargas consoante o estilo de texto e o que se queria transmitir ao leitor. Os outros escritores apenas as cheiravam e reconheciam as desejadas só pelos seus aromas. Embora não sejam todas escolhidas, as palavras não desanimavam até porque todos estes dedos e todos estes narizes provocavam-lhes cócegas e toda a sala se enchia de todo o tipo de gargalhadas, gargalhadas essas que os especialistas da língua não conseguiam ouvir, pois o revestimento dos frascos não o permitia.

Mas um dos escritores ao cheirar um dos frascos, como o aroma era bastante forte, espirrou e deixou-o cair. As palavras espalharam-se pelo chão e agitadas não paravam de se empurrar, de gritar e de tentar entrar no frasco onde se sentiam protegidas. O escritor agora tinha a certeza que as palavras não estavam mortas, que afinal estavam bem vivas. E assim foi desvendado o segredo das palavras. O escritor apressado saiu e mais uma vez o silêncio tomou conta da casa.

Resolveu o escritor pôr ao corrente da sua descoberta alguns colegas, mas rapidamente um jornalista o interrompeu: «as palavras estão vivas? Ora aqui está um bom segredo para a minha próxima publicação».

«Segredo?» pergunta um dos poetas presentes na sala, «não há segredo nenhum, no fundo todos nós já o sabíamos, claro que as palavras estão vivas. Tal como os seres vivos elas nascem, crescem reproduzem-se e morrem. A nossa função é essa, assegurar as suas vidas o seu crescimento até as gastar. Quem acha que as palavras não vivem está muito enganado, mas não lhe contes esse segredo maravilhoso deixa-os descobrir por si mesmo e aprender a ouvir os que as palavras lhes querem dizer e pode ser que um dia venham a ser mais a criá-las e a fazer com que cresçam.

Maria da Graça, 11.º B

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Contributos para um calendário

(Homenagem a Nuno Júdice)

Março

Abro o cesto de março. Escapa-se de imediato o cheirinho a lima e a limão. Saboreio de novo o tão desejado batido de banana com iogurte de morango. Libertam-se os pássaros ávidos por retomarem os ensaios dos concertos de verão. Os grilos escalam o cesto para prepararem as suas marchas nupciais. O calor evade-se lentamente acompanhado pelos passeios pelas montanhas. Desenrolo os primeiros raios de Sol e arrumo as nuvens cinzentas. Soltam-se os animais do seu sono de beleza e desembrulho as tenras folhas das árvores. Colho o último ramalhete de mimosas e já sinto o aroma de abril.

Matilde de Sepúlveda Velloso, 11.º B

Julho

Abro o gavetão de julho e começo por deitar fora o frio e a roupa quente. Desenrolo o mar, a brisa e as ondas. Desdobro o sol radioso e ofereço-o às plantas tristes. Limpo o pó aos vestidos e aos calções e desembrulho os biquínis. Acaricio o dia 13… Escondo bem os livros. Fecho o gavetão antes de seguir os animais, domésticos e selvagens, nas suas caminhadas pela fresca noturna de agosto.

Ana Filipa Maravilha Duarte Ribeiro, 11.º B

Novembro

Abro o baú de novembro. Despejo as castanhas, o Silêncio e a chuva. Desdobro as luvas, o gorro e a felicidade que o nevoeiro me traz. Apanho o vento, o cinzento e a lenha que estavam no canto. Trinta dias depois abrirei a arca de Dezembro.

Sebastião Perestrello, 11.º B

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Dois raios do arco-íris

 

Vermelho

Vermelho do amor infinito, do puro coração e de outros lugares poéticos.

Há alguns meses que não deixo de pensar nuns lábios vermelhos, pintados de batom, que me puseram a cabeça às voltas!

Há! Quantos vermelhos de rosas eu ofereci. Carmesim, salmão, salmão escuro, salmão claro indiano, coral claro, vermelho escuro…

Mas… deixemo-nos de amores que avermelham a nossa vida e nos tornam distantes.

De vermelho carmesim pintei a parede do meu quarto e de vermelho escuro pintaram o meu coração.

Vermelho é a cor dos sinais de proibição que afugentam os carros.

Sobre o vermelho muitos cantores cantaram e bem! Fafá de Belém cantou e encantou com “Vermelho, vermelhaço, vermelhusco, vermelhante e vermelhão”.

Entontece tanto tom de vermelho: vivo nas modernas lombadas dos livros, arroxeado nas folhas das videiras…

Vermelho a nascente, chuva de repente – diz o povo!

Frutos vermelhos… tantos! Morangos, framboesas, cerejas, melancia, romã…

Avermelhado é o por do sol.

Vermelho dos lugares poéticos, do puro coração e do amor infinito.

 

Beatriz Duarte, Mariana Rua, Francisco, Paulo Ferreira e Nicola Santos, 7ºD

 

Verde

Verde das pradarias, da esperança e das esmeraldas preciosas.

São tão lindos os teus olhos verdes!

Há algumas semanas que não deixo de pensar no teu olhar esverdeado.

Quantos prados verdes eu percorri! E quantos tons que eu vi! Verde musgo, verde-lima, verde menta…

De verde cobri a minha cama, a pensar nos teus olhos.

Hoje esverdeei os meus versos de esperança, de liberdade e de juventude.

De verde floresta pintei os meus sonhos.

Verde é dinheiro e inveja também!

De verde-choque pintei algumas madeixas. De verde claro, a minha vida.

Sobre o verde, muitos poetas escreveram. D. Dinis foi um deles: ”Ai! Flores do verde pino!”

Vejo tanto verde: em trevos, em árvores, em orégãos, na salsa, na bandeira de Portugal, na bandeira do Brasil, na bandeira da Líbia, na do Paquistão.

Eu cá não gosto do meu verniz verde.

Tenho uma pen verde! É sensacional!

Verdes são as garrafas e os vidrões.

De verde pintaram-se as maçãs do meu quintal.

Olhos verdes são traição, ciúme e emoção!

Verde é a cor da esperança, quem espera sempre alcança!

 

Alessia Pereira, Ana Lourenço, Andreia Fernandes, Susana Oliveira e Sofia Fernandes – 7ºD

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Momento de publicidade

 

Os alunos inspiraram-se em anúncios publicitários para celebrar os 25 anos da Escola da Sé

Deixar a Sé!? Eu é que não sou parvo!

A Sé é fantástica, não é?

O que é da Sé é bom.

Sé: o poder desta escola é infinito.

Sé: o que Lamego tem de melhor.

Sé: unidos pelo saber.

Sé: puro Saber.

Sé: a brilhar desde 1986.

Sé: na vanguarda do ensino.

Sonha com mais, conta com a Sé.

Sé: é parte de nós.

Sé: o saber não engana.

Sé: a criar sucesso todas os anos.

Sebastião, Maria, Matilde, Ana, 11.º B

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Receita para um Grande Amor

Ingredientes

100g de liberdade

200g de fidelidade

1 pitada de magia

600g de morangos

2 colheres de companheirismo

1 litro de apreço

1tonelada de felicidade

Algum mistério

Bastante açúcar

Meia dúzia de palavras românticas

Uma tigela (do tamanho da Terra) cheia de saudades

Chantilly q.b.

Preparação

1. Bata as palavras românticas e o açúcar até obter um composto espumoso e muito consistente. Depois, junte 1 colher de companheirismo.

2. Com uma espátula, incorpore no preparado uma tigela cheia de saudades e a liberdade, com abundante dose de fidelidade. Associe a outra colher de companheirismo e bata tudo muito bem até obter ponto de felicidade.

3. Unte uma forma com cercadura de abrir, deite a massa e leve a cozer durante 25 minutos em forno pré-aquecido.

4. Desenforme e deixe o afeto perdurar bem quentinho.

5. Prepare um xarope levando a ferver 1 litro de apreço e açúcar. Quando arrefecer, tempere com algum mistério.

6. Arranje e lave os morangos, escolhendo apenas os que têm forma de coração.

7. Corte o “grande amor” na horizontal, fazendo três camadas. Coloque a primeira na lua-de-mel, regue-a à vontade com o xarope de apreço e barre-a com pedacinhos de morangos. Cubra com outra camada e repita a operação precedente. Por fim, sobreponha a terceira camada e espalhe por cima o resto dos morangos.

8. Estenda a pasta de chantilly sobre o seu doce, formando um disco fino. Derreta-se, provando as bordas excedentes.

9. Findo isto, coloque sobre o amor uma pitadinha de magia.

10. Se quiser… abra as asas à imaginação e aproveite os grandes prazeres da vida.

 

Diogo Ribeiro, 11.ºB

Preparação

1. Bata as palavras românticas e o açúcar até obter um composto espumoso e muito consistente. Depois, junte 1 colher de companheirismo.

2. Com uma espátula, incorpore no preparado uma tigela cheia de saudades e a liberdade, com abundante dose de fidelidade. Associe a outra colher de companheirismo e bata tudo muito bem até obter ponto de felicidade.

3. Unte uma forma com cercadura de abrir, deite a massa e leve a cozer durante 25 minutos em forno pré-aquecido.

4. Desenforme e deixe o afeto perdurar bem quentinho

5. Prepare um xarope levando a ferver 1 litro de apreço e açúcar. Quando arrefecer, tempere com algum mistério.

6. Arranje e lave os morangos, escolhendo apenas os que têm forma de coração.

7. Corte o “grande amor” na horizontal, fazendo três camadas. Coloque a primeira na lua-de-mel, regue-a à vontade com o xarope de apreço e barre-a com pedacinhos de morangos. Cubra com outra camada e repita a operação precedente. Por fim, sobreponha a terceira camada e espalhe por cima o resto dos morangos.

8. Estenda a pasta de chantilly sobre o seu doce, formando um disco fino. Derreta-se, provando as bordas excedentes.

9. Findo isto, coloque sobre o amor uma pitadinha de magia.

10. Se quiser… abra as asas à imaginação e aproveite os grandes prazeres da vida.

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Contar a cantar


Três vezes um — vamos aprender o número trinta e um.

Três vezes dois — fazemos os deveres depois.

Três vezes três — vou tocar flauta, outra vez.

Três vezes quatro — lição número oitenta e quatro.

Três vezes cinco — a professora tem um brinco.

Três vezes seis — em História fala-se de reis.

Três vezes sete — os alunos construíram uma maquete.

Três vezes oito — gostava de ter sempre dezoito.

Três vezes nove — e se a professora viesse de robe?

Três vezes dez — nas aulas, não se deve fazer barulho com os pés.

 

Oito vezes um — não se vai  para a escola em jejum.

Oito vezes dois — vou estudar depois.

Oito vezes três — já sei falar Francês.

Oito vezes quatro — vou escrever no caderno quadriculado.

Oito vezes cinco — vou ter uma lição sobre o ornitorrinco.

Oito vezes seis — vou imprimir uns papéis.

Oito vezes sete — vou lanchar ao bufete.

Oito vezes oito — o aluno é muito afoito.

Oito vezes nove — tudo para que o aluno não reprove.

Oito vezes dez — vou ter Inglês, outra vez.

 

Nove vezes um — nas aulas não pode haver zum-zum.

Nove vezes dois — vou para a cantina depois.

Nove vezes três — vou escrever com rapidez.

Nove vezes quatro — vou entrar numa peça de teatro.

Nove vezes cinco — no ginásio perdi um brinco.

Nove vezes seis — os alunos não podem “andar aos papéis”.

Nove vezes sete — perdi a cassete.

Nove vezes oito — durante o intervalo comi um biscoito.

Nove vezes nove — dentro da sala chove.

Nove vezes dez — hoje, vou ter Inglês e Francês.

 

Dez vezes um — barulho nenhum!

Dez vezes dois — Português é depois.

Dez vezes três — aprendo a falar Francês.

Dez vezes quatro — os alunos devem ter bom trato.

Dez vezes cinco — nas aulas eu não brinco.

Dez vezes seis — tenho muitos papéis.

Dez vezes sete — sou o número vinte e sete.

Dez vezes oito — vou para o seminário oito.

Dez vezes nove — estudo muito quando chove.

Dez vezes dez — vamos fazer o teste com rapidez.

 

Alessia Pereira, Andreia Fernandes, Beatriz Duarte, Beatriz Carvalheira, Mariana Ferreira, Mariana Rua, Sofia Fernandes e Susana Oliveira – 7º D

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Faz de conta

(Homenagem a Eugénio de Andrade)

— Faz de conta que sou mar.
— Eu serei o teu barco a navegar.

— Faz de conta que sou oceano.
— Eu serei a tua sereia.

— Faz de conta que sou céu.
— Eu serei a tua estrela.

— Faz de conta que sou janela.
— Eu serei a tua paisagem.

— Faz de conta que sou passarinho.
— Eu serei o teu ninho.

— Faz de conta que eu sou flor.
— Eu serei as tuas pétalas.

— Faz de conta que sou árvore.
— Eu serei as tuas raízes.

— Faz de conta que sou rio.
— Eu serei a tua corrente.

— Faz de conta que eu sou lua.
— Eu serei o teu brilho.

— Faz de conta que sou texto.
— Eu serei as tuas palavras.

— Faz de conta que sou escritor.
— Eu serei o teu poema.

— Faz de conta que sou poema.
— Eu serei as tuas rimas.

— Faz de conta que sou caderno.
— Eu serei as tuas páginas.

— Faz de conta que sou caneta.
— Eu serei o teu papel.

— Faz de conta que eu sou anel.
— Eu serei o teu rubi.

— Faz de conta que sou colar.
— Eu serei a tuas pérolas.

— Faz de conta que sou lábios.
— Eu serei o teu sorriso.

— Faz de conta que sou cabelo.
— Eu serei os teus caracóis.

— Faz de conta que sou olhos.
— Eu serei a tua íris.

Faz de conta, faz de conta.

Alessia Pereira, Andreia Fernandes, Beatriz Duarte, Beatriz Carvalheira, Cláudia Teles, Mariana Ferreira, Mariana Rua, Sofia Fernandes e Susana Oliveira – 7º D

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Fui a uma loja de…

(Homenagem a Jacques Prévert)

Fui a uma loja de pedras preciosas
E comprei um anel de diamantes.
Para ti,
Meu amor!

Fui a uma loja de viagens
E comprei uma a Paris.
Para ti ,
Meu amor!

Fui a uma loja de postais
E comprei um de São Valentim.
Para ti,
Meu amor!

Fui a uma loja de filmes
E comprei Romeu e Julieta.
Para ti,
Meu amor!

Fui a uma loja de brinquedos
E comprei um ursinho de peluche.
Para ti,
Meu amor!

Fui a uma loja de carros
E comprei um Smart For Two.
Para ti ,
Meu amor!

Fui a uma loja de fatos
E comprei um de baile.
Para ti,
Meu amor!

Fui a uma loja de livros
E comprei um romance.
Para ti ,
Meu amor!

Fui a uma loja de roupa
E comprei uma T-Shirt com um coração.
Para ti,
Meu amor!

Fui a uma loja de jogos
E comprei um jogo de palavras.
Para ti,
Meu amor!

Fui a uma loja de bombons
E comprei um Mon Chéri.
Para ti ,
Meu amor!

Fui a uma loja de doces
E comprei um coração de gomas.
Para ti
Meu amor!

Fui a uma loja de flores
E comprei um ramo de tulipas.
Para ti,
Meu amor!

Fui a uma loja de animais
E comprei um peixinho-dourado.
Para ti ,
Meu amor!

Fui a uma loja de fechaduras
E comprei a chave do meu coração.
Para ti ,
Meu amor!

Alessia Pereira, Andreia Fernandes, Beatriz Duarte, Beatriz Carvalheira, Cláudia Teles, Mariana Ferreira, Mariana Rua e Sofia Fernandes – 7º D

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Este título é meu

Apresentadas as imagens de pinturas cujos títulos tinham sido ocultados, pediu-se aos alunos que criassem títulos seus. Cada aluno apresentou um título  para cada imagem- às vezes dois – e  o grupo elegeu os mais originais que aqui se expõem.

P. S. O clube agradece a amabilidade da pintora Sameiro Sequeira que autorizou o exercício.

 

«As ventoinhas que querem descer escadas»

«O violoncelo que toma banho na cave»

«A medusa enganadora de gatos»

«O morango que queria chegar à lua»

«You forgot to take our love with you»

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