Reflexão sobre o filme “Filadélfia”

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Colocado por nero | na categoria Algumas Reflexões | em 28-10-2011

imagem filmeDesde os primórdios que a humanidade, em geral, teve bem presente um sentimento de medo e repulsa pelo que considera “diferente”. Ao longo da história, estão presentes inúmeros exemplos desse tipo de discriminações pelo que é “diferente”. É o caso da escravidão dos negros africanos e da sua apelidação, pelo homem branco, como servos sem cérebro que só servem para fazer o que o homem branco não quer ou não acha digno fazer. É a história também que nos prova que este tipo de discriminações podem ter a ver, não só, com a cor da pele, como também com a crença religiosa, a herança cultural, a língua, a orientação sexual e os país de origem.

Ora, no filme “Filadélfia”, trata-se exactamente de um caso de discriminação contra um advogado homossexual que trabalha numa multinacional que acaba por despedi-lo só pelo facto de ele, para além de ser homossexual, ser portador do vírus da sida. Tal falta de consideração pela boa pessoa e excelente advogado que ele era levo Andrew (nome da personagem principal do filme) a processar a empresa que o despedira. Dessa forma, Andrew quis lutar não só pelos seus direitos como advogado exímio injustamente despedido, como por ter a certeza absoluta de que tal acto se deveu ao facto de os dirigentes da empresa se sentirem enojados por terem de conviver com um portador do vírus da sida.

Para que pudesse processar a empresa, precisava de contratar um advogado para o defender em tribunal. Para tal, fala com dez advogados, mas todos eles se recusaram a defendê-lo, em virtude de ele ser homossexual e ter o vírus da sida. Mesmo assim, não desiste e continua a investigar para conseguir provas de que fora despedido, devido à sua doença, e não por ser incompetente. E é ai que o décimo advogado com que Andrew falou, muda de ideias e decide ajudá-lo. Nisto, tanto Andrew como o advogado que o defende se tornam símbolos da defesa dos direitos dos homossexuais e dos portadores do vírus da sida. Eventualmente, Andrew acaba por sucumbir à doença, ficando cada vez mais fraco, acabando por morrer, mas não sem primeiro ter ganho o processo.

Embora neste filme o protagonista acabe por perecer, o que importa é que não desistiu, tendo defendido o direito de ser tratado com equidade, independentemente da sua orientação sexual ou da sua doença.

Trabalho realizado por:    André César Ferreira, 12ºB, Nº1

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