O sorriso que mudou uma vida

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Colocado por anafonseca | na categoria Visão dos alunos | em 29-02-2012

sorrisoNo primeiro dia de aulas, um colega meu toxicodependente viu uma rapariga lindíssima, por quem se apaixonou perdidamente. Aproximou-se dela e dedicou-lhe um tímido “olá”. Mas, para grande tristeza do meu amigo, ela não lhe deu atenção, uma vez que conhecia o problema dele. Pela primeira vez, refletiu na sua existência e no quanto tinha pouco sentido a vida que levava.
Aquela rejeição fê-lo observar a tal rapariga e analisar como ela era feliz na vida saudável que levava e, aos poucos, foi a admirando cada vez mais. A rapariga também começou a olhá-lo com uns olhos diferentes e, um dia, sorriu-lhe. Aquele belo sorriso, que fazia brilhar uns magníficos olhos verdes, encheu o seu coração de coragem e esperança. Então, determinado, pediu-lhe que viesse falar com ele a sós. Nessa conversa, contou-lhe o quanto gostava dela e explicou-lhe que não conseguia parar de consumir drogas, uma vez que já estava muito viciado. No entanto, prometeu-lhe que ia recuperar, embora tivesse que passar uns meses a uma casa longínqua, onde o iam ajudar. A rapariga sorriu de novo.
E assim foi, o rapaz esteve ausente três longos meses. Quando regressou, vinha totalmente curado, foi procurar a rapariga e disse-lhe:
- O que me fez recuperar foste tu e o sorriso que me deste, muito obrigado.

Manuel Luís Paiva, Nº21, 9ºB, Oficina de Escrita

Fenilcetonúria

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Colocado por rosa | na categoria Visão dos alunos | em 11-12-2011

fenilcetonúriaA fenilcetonúria (PKU) é uma doença genética autossómica recessiva, causada pela ausência ou deficiência da enzima hepática fenilalanina hidrolase responsável pela transformação do aminoácido fenilalanina no aminoácido tirosina. Assim, a fenilalanina acumula-se no sangue, afetando o desenvolvimento do cérebro, provocando atraso mental e problemas psicomotores.

Como a fenilalanina hidrolase é deficiente na sua ação há um bloqueio genético no processo metabólico. Em resultado desta deficiência a fenilalanina acumula-se no organismo convertendo-se em ácido fenilpirúvico e em outros metabolitos que são excretados na urina dos doentes. O bloqueio da enzima leva a uma posterior deficiência ao nível da tirosina, que ao estar envolvida na síntese de melanina provoca a sua diminuição no organismo – albinismo. Por esta razão, as crianças com fenilcetonúria têm cabelos loiros ou brancos, olhos e pestanas brancos e zonas do cérebro que normalmente possuem pigmentação podem também perdê-la.

As pessoas afetadas com esta doença apresentam sintomas específicos: atraso do desenvolvimento psicomotor (andar e falar), convulsões, hiperatividade, tremor, microcefalia, entre outros. Estas alterações identificam-se com cerca de 1 ano de vida e praticamente todos os pacientes não tratados apresentam um QI inferior a 50 (devido ao atraso mental); a esperança média de vida para um doente sem tratamento ronda os 30 anos.

A fenilcetonúria é um dos erros de metabolismo dos aminoácidos mais frequente, afetando 1 em cada 10000 recém-nascidos. Em Portugal estima-se que haja cerca de 300 crianças afetadas por esta doença. A deteção da fenilcetonúria é feita após o nascimento através da triagem neonatal, vulgarmente conhecida por “teste do pezinho”.

O tratamento da doença é feito através de um controlo alimentar com uma dieta especial evitando alimentos que contenham fenilalanina (carnes vermelhas, leite, etc). Desta forma é possível controlar os níveis de fenilalanina no sangue evitando grandes quantidades deste aminoácido e, assim, prevenir o atraso mental dos doentes. Esta dieta é feita sob rigorosa orientação médica. Para evitar carências nutritivas foram desenvolvidos complementos vitamínicos e proteicos que complementam a dieta alimentar dos doentes.

Existem também medicamentos que permitem a ação menos radical dos hábitos alimentares facilitando o progresso do tratamento. Um destes medicamentos é o “PreKUnil” , comprimidos que contêm uma elevada quantidade de triptotano e tirosina. Mediante uma inibição competitiva combatem o aumento de fenilalanina que chega às células nervosas, o que diminui o efeito prejudicial na produção de neurotransmissores. Contém também quantidades suplementares de alguns aminoácidos essenciais. É recomendável a crianças com mais de 7 anos e não pode ser utilizado em PKU’s maternas.

Por fim, a medicina está também a desenvolver um projeto que visa a produção da enzima fenilalanina hidrolase para que esta possa, exercendo a sua função, transformar a fenilalanina em tirosina.

Sara Raquel da Silva Duarte     12ºA          Nº15

FECUNDAÇÃO IN VITRO (QUESTÕES ÉTICAS)

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Colocado por rosa | na categoria Visão dos alunos | em 27-11-2011

13378A fecundação in vitro (FIV), conhecida como “bebé proveta” é uma técnica de reprodução medicamente assistida que consiste retirar um ou vários óvulos de uma mulher, para um ambiente laboratorial, (in vitro), onde colocam-se um número significativo de espermatozóides, 50 a 100 mil, em redor de cada oócito II, procurando obter pré-embriões que depois são transferidos para o útero.

Este método de reprodução medicamente assistida, têm vindo, a surgir vários problemas éticos. Destes problemas surge a polémica que diz respeito ao destino que se deve dar aos embriões concebidos e que não foram utilizados para a implantação. Através da fecundação in vitro resultam vários embriões, uma vez que é necessário para garantir o êxito da técnica, já que, desta forma, há maiores probabilidades de ocorrer gestação. Desses embriões nem todos são transferidos para o útero, pelo que, os embriões que não forem transferidos são criopreservados. A criopreservação de embriões só é considerada lícita quando tem por finalidade a procriação humana. Surgindo questões de ordem prática, como, por exemplo, o abandono pelos pacientes desses embriões congelados, seja porque a primeira tentativa deu certo. Quando, por algum motivo, esses embriões criados com a finalidade de procriação não são transferidos ao casal, surge um problema: o que fazer com eles?

A doação é um acto bilateral, sendo necessário o consentimento expresso dos dois responsáveis pelo material genético e dos dois beneficiários do tratamento. Vê-se que é a solução mais aceitável eticamente, e legalmente permitida desde que não tenha carácter lucrativo ou comercial. Assim, permite-se a doação dos embriões desde que seja para fins de procriação humana. É importante ressaltar que, se trata de doação de pré-embriões, em que não haverá vínculo biológico, pois o material genético será estranho ao casal receptor, facto que poderá gerar maior dificuldade na determinação da prova de filiação. Com isso, havendo discussão sobre a filiação e não sendo possível a prova biológica, leva-se em consideração os termos do consentimento expresso do casal.

O descarte ou destruição dos embriões é uma solução bastante polémica, que causa conflitos no campo ético, religioso e jurídico. O descarte de embriões é determinado “quando o casal não permite o congelamento, e ainda, algumas vezes em virtude de má formação ou grave anomalia genética”. No que diz respeito à eliminação de embriões humanos, há o questionamento que se aproxima das questões éticas a respeito do aborto. A pergunta é se poderia ser assimilada ao aborto, a destruição de embriões humanos in vitro.

A comercialização de embriões coloca muitas questões éticas. Assim como constantemente nos deparamos com denúncia sobre mercado de órgãos para transplante, há também bancos de espermas que funcionam como verdadeiro comércio de embriões.

Ao lado da doação e da destruição, existe a possibilidade de experimentação com os pré-embriões excedentes que apesar de criados com o propósito de implantação, não são utilizados. Nos dias de hoje, discute-se a possibilidade de utilização de embriões humanos como reserva de órgãos e tecidos, de maneira a auxiliar no tratamento de doenças. Uma vez que o embrião contém células embrionárias, que segundo os cientistas são mais eficientes e com maior capacidade de transformação em outras células, podem vir a ser uma nova alternativa no tratamento de doenças degenerativas: Parkinson, Esclerose Lateral Amiotrófica, entre outras.

Assim conclui-se que os embriões excedentes podem ser muito importantes para fins medicinais, visto que, podem tratar doenças e estudo científicos. Também conclui-se os embriões não podem ser destruídos, porque pode trazer muitas vantagens como as que foram referidas.

DANIEL GOUVEIA FELIZ Nº5 12ºA

Crioconservação de embriões

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Colocado por rosa | na categoria Visão dos alunos | em 27-11-2011

crioconservação

A crioconservação de embriões é o congelamento de embriões a temperaturas muito baixas (-196 °C) utilizando geralmente azoto liquido. Apesar de ser uma técnica de reprodução medicamente assistida e ter como finalidade ajudar casais a terem filhos, existem algumas questões éticas que se levantam.

Alguns cientistas alertam para o facto de algumas destas técnicas de crioconservação não terem sido suficientemente avaliadas. Estudos controversos indicam que este processo pode acarretar alterações cromossómicas nos embriões.

Esta técnica de reprodução medicamente assistida origina diversos embriões excedentários que acabam por ser congelados durante um a oito anos, de acordo com a legislação em vigor nos diferentes países. No entanto, nem sempre a lei prevê o destino a dar a esses embriões, podendo ser eliminados, doados ou usados para fins de investigação em áreas importantes da Medicina. Este problema acarreta implicações morais e éticas como o facto de se interferir sobre o destino de um possível novo ser humano ou, por exemplo, destruir-se um possível novo ser ou ainda controlar um processo natural como é a reprodução. Existem ainda implicações religiosas como o facto de podermos estar a fazer o papel de Deus ao seleccionarmos os embriões, visto que devemos aceitar o que somos em maior parte das religiões por sermos supostamente produtos da sua criação e também por caber a Deus decidir quem morre ou não (neste caso os embriões).

A discussão sobre quando começa a vida é interminável e provavelmente não tem vencedores. O facto de se destruir possivelmente um ser vivo ou decidir se será doado para investigações científicas também levanta motivos de discordância entre várias pessoas.

Por fim, devemos lembrar-nos que esta técnica pode ajudar muitos casais a terem filhos em situações de possível tratamento com quimioterapia, com possibilidade de redução da fertilidade, ou em outras situações em que a fertilidade de um ou de ambos os membros de um casal esteja em causa. A sua doação a outros casais também poderá permitir que estes possam ter filhos. Quanto à sua doação para investigação em áreas importantes da medicina, pode ser importante na medida em que poderá permitir-nos conhecer melhor os mecanismos de fertilidade e ultrapassar alguns problemas neste campo. O estudo destes embriões também poderá contribuir para uma melhor compreensão de certas doenças com consequente melhoria na qualidade de vida da população em geral.

Devemos lembra-nos que este é um assunto delicado e que deve haver um equilíbrio entre os que são contra e os que são a favor e devemos respeitar a opinião de cada uma das partes de forma a avançar no que toca a este assunto da crioconservação de embriões.

Miguel Monteiro, nº11,  12ºA

Sorri, porque a sorrir ficas mais feliz.

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Colocado por anafonseca | na categoria Visão dos alunos | em 12-11-2011

Sorri, porque a sorrir ficas mais feliz.


sorrirEra uma vez uma menina de dez anos, que tinha lindos cabelos loiros e olhos de um azul cristalino. Apesar de ser bonita, era preguiçosa e, a malandra, não gostava nada de lavar os dentes.

Ela olhava-se ao espelho e sorria. Mas, o seu sorriso deixava-a triste, porque os seus dentes eram mais amarelos do que o cabelo. Por isso, nunca sorria nas fotos, nunca sorria na escola, nunca sorria. E, como era muito bem comportada, recebia doces de prémio, o que piorava ainda mais a situação.

Ora, um dia, a mãe, preocupada, marcou-lhe uma consulta no dentista. Mais preocupada ficou a menina, que não tirava da cabeça a ida ao médico, pois imaginava-se a sair desdentada do consultório.

Então, chegou o grande dia e lá foi ela, num sábado, à tal consulta. O senhor doutor, que afinal era muito simpático, recomendou-lhe que lavasse sempre os dentes após as refeições e que não comesse muitos doces.

Passaram dois meses e após ter seguido à risca as recomendações do dentista, a menina começou a sorrir. Agora tinha o mais bonito sorriso da escola. Com aquele sorriso incandescente, fez muitos amigos novos e não havia uma única pessoa que não lho retribuísse.

E, assim, a sorrir acabou por ficar mais bonita e feliz!

Daniel Duarte, 9.ºB, Oficina de Escrita

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Colocado por rosa | na categoria Visão dos alunos | em 28-04-2011

Sou aluna da Escola da Sé há mais ou menos cinco anos: Vou ser sincera: nunca fui rapariga de ligar à aparência e acho que até era bastante desleixada. Nunca me importei com o meu aspecto e nunca liguei a ser magra ou gorda. E tinha a ideia de que só as pessoas maluquinhas caíam na patetice de ficarem doentes devido à sua forma física; várias vezes disse a mim mesma que nunca iria cair nos mesmos erros dessas pessoas, obviamente pensei mal.
A princípio uma amiga minha teve anorexia nervosa e eu não entendia a razão pela qual ela queria emagrecer nunca achei que ela estivesse gorda e por vezes, ela enervava-me com aquela atitude de nunca querer comer e esconder a comida, não compreendi que ela necessitava de apoio e ajuda. Agora sou eu quem mais necessita dessa ajuda.
Neste momento estou com um grave transtorno alimentar e agora entendo o porquê de certas atitudes que ela tomava, agora sei o que ela sofreu e o que sofrem todas as pessoas que têm estas doenças, é muito fácil estar de fora e dizer que tudo vai passar, mas na realidade não é assim.
Todos os dias há várias lutas que temos de travar, numas perdemos noutras ganhamos.
Tudo começou quando dei conta que não estava bem com o meu peso e a partir daí restringi alguns alimentos da minha alimentação, e comecei a ouvir comentários acerca do meu peso. Desde esse momento percebi que teria de fazer algo para não voltar a ouvir coisas como aquelas e deixei de comer durante 3 a 4 meses. Não vou negar que mentia aos meus pais, mentia aos meus amigos e a toda a gente – a verdade é que nunca achei que estas mentiras iriam trazer tantos problemas porque nunca acreditei que estivesse doente.
Uma colega olhou para mim e simplesmente fez um comentário sobre o meu peso que me deixou completamente de rastos, disse-me que eu estava cada vez mais gorda. Naquele momento só me apetecia desaparecer, só pensava em fazer algo para emagrecer rapidamente. Como andava nas sessões com o psicólogo, comecei a comer. Claro que não comia muito mas para mim achava que era o razoável e, então, para controlar aquilo que comia, passei a tomar comprimidos para emagrecer. O psicólogo obrigou-me a parar e referiu coisas que naquele momento eu entendi. Mas não parei; em vez de comprimidos, para controlar aquilo que comia, iniciei uma espécie de ritual: comia e depois ia para a casa de banho e forçava o vómito. Fiz isto até princípios de Dezembro de 2010. Tinha vezes que já nem era preciso forçar, bastava comer e fazer um bocadinho mais de força. Isto tudo piorou, os meus pais foram chamados à escola e eu senti que tinha de mudar de atitude porque vê-los a sofrer foi, e é, o que me custa mais.
Fui encaminhada para um nutricionista e neste momento estou a cumprir um plano alimentar, não é fácil mas já há quase dois meses que não forço o vómito, embora as ideias continuem… tento ir com calma. Mesmo em relação à comida, não é fácil olhar para um prato com comida e estarmos sempre com a ideia de que se comermos engordamos. Nunca pensei em ter de passar por isto e, sinceramente, espero que nunca passem por nada igual. Não liguem a comentários por muito reais que eles pareçam.

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Colocado por rosa | na categoria Visão dos alunos | em 27-01-2011

paisQuando os adolescentes têm alguma dúvida devem falar com os pais e os pais com os filhos;

As pessoas adultas são as melhores pessoas para falar sobre os assuntos relacionados com a Educação Sexual;

 

Muitos adolescentes têm vergonha de comprar contraceptivos, mas não devem ter, pois é uma coisa normal.

Ana Patrícia Francisco Santos         8º B

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Colocado por rosa | na categoria Visão dos alunos | em 27-01-2011

anorexiaQuando as pessoas ficam obcecadas com o seu corpo, podem desenvolver perturbações alimentares. Isto acontece quando tentam modificar o corpo criando maus hábitos alimentares e estas perturbações são perigosas durante a puberdade, porque o corpo está a crescer a um ritmo muito rápido e necessita de muitos nutrientes. Uma das perturbações que mais afecta os adolescentes é a anorexia nervosa.

André Rosário Gonçalves    8º B