Anedota

— Bom dia, é do Hospital? Gostaria de falar com alguém que me desse informações sobre um doente internado. Queria saber se está melhor ou se piorou…
— Qual é o nome do doente?
— Chama-se Pedro Silva e está no quarto 302.
— Um momentinho, vou transferir a chamada para o gabinete de enfermagem…
— Bom dia, sou a enfermeira Lurdes Mesquita… O que deseja?
— Gostaria de saber a situação clínica do doente Pedro Silva do quarto 302, por favor!
— Um minuto, vou localizar o médico de serviço.
— Aqui é o Dr. Carlos Oliveira. Em que posso ajudar?
— Olá, doutor. Precisava que alguém me informasse sobre a saúde do doente Pedro Silva que está internado há três semanas no quarto 302.
— Só um momento que eu vou consultar a ficha do doente… Hummm! Aqui está: alimentou-se bem hoje, a tensão arterial e o pulso estão estáveis, responde bem à medicação prescrita e vai ser desligado do monitor cardíaco amanhã. Continuando bem, o médico responsável assinará a alta em três dias.
— Ah!… Graças a Deus! São excelentes notícias! Que bom!
— Pelo seu entusiasmo, deve ser um familiar próximo…
— Não! Sou o próprio Pedro Silva a telefonar aqui do 302! É que toda a gente entra e sai deste quarto e ninguém me diz nada. Eu só queria saber COMO ESTOU!

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Saúde na mitologia: Panaceia, deusa da cura de todos os males

Filha de Asclépio (Esculápio) e Epíone, era a Deusa da Cura de Todos os Males, conforme facilmente se deduz da etimologia do seu nome.

Estátua da deusa Panaceia

Estátua da deusa Panaceia


Panaceia (gr. Πανάκεια)

Παν- [pan-] pref. Indica os conceitos de «totalidade, tudo, todo».
Άκεω [akeo] v. Curar.

O conceito do verbo “Curar” poderá derivar de:

Ά- [a-] pref. Indica negação ou ausência.
Κείω, Κέω [keio, keo] v. Fender.
(Ou seja, acabar com a rutura, repor a integridade.)

O nome desta deusa entrou no vocabulário português como um substantivo comum:

panaceia s. f. 1. Remédio para todos os males, físicos ou morais. 2. Aquilo que se crê que é a solução quase milagrosa para todos os problemas, que resolve tudo. 3. Planta que se pensava ser eficaz para curar todas as doenças. 4. Farm. Preparação medicinal, usada antigamente e constituída essencialmente por espécies de origem vegetal.

(Adaptado do Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia de Ciências de Lisboa)

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Saúde na mitologia: Epíone, deusa calmante da dor

Esposa de Asclépio (Esculápio), era a Deusa Calmante da Dor.
Algumas tradições sustentam que não seria mãe de todos os filhos e filhas de seu marido, pois este teria tido outras esposas.

Asclépio e Epíone

Asclépio (sentado) e Epíone (à direita)
Relevo votivo grego (cerca 400 a.C.)

A etimologia do nome da deusa indica os seus atributos:

Epíone (gr. Ἠπιόνη)

Ήπιος [epios] adj. Benévolo, favorável; que acalma, que suaviza.
Ήπίως [epios] adv. Suavemente, com calma.

Quanto à etimologia do nome do seu marido, os diferentes autores não chegaram ainda a um acordo, havendo mesmo sugestões de que o culto (e o nome) de Asclépio teria origem pré-helénica. No entanto, não podemos deixar de notar que o fim do nome do deus da medicina (-ηπιός) é flagrantemente semelhante ao nome da sua esposa e exatamente igual a uma das suas origens etimológicas: o nome de Asclépio poderia, por isso, indicar também a sua natureza favorável (para a saúde).

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Banho a doente acamado

Vídeo selecionado por Tatiana Machado, n.º 15

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Equipamentos médico-hospitalares

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O escafandro e a borboleta

Foto do filmeEste filme narra a história verídica de um homem de 42 anos, jornalista e editor da revista de moda ELLE.
Era uma pessoa aparentemente normal e saudável, até que um dia teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e foi internado. Foi observado por um neurologista que concluiu que sofria de “locked-in syndrome”. Ficou completamente paralisado, mexendo apenas um olho, mas o cérebro funcionava perfeitamente. O outro olho ficou afetado e coseram-no, pois a luz prejudica a córnea.
Passou a ser acompanhado por uma ortofonista e uma fisioterapeuta.
A ortofonista criou um método de comunicação entre ambos: recitava as letras começando pelas mais frequentes e ele indicava a que lhe interessava piscando o único olho funcional, e era assim que comunicavam sempre, até à morte dele.
A personagem tinha uma tristeza enorme por não abraçar os filhos, embora ficasse contente por ver que estavam vivos e sãos, ao mesmo tempo que se sentia prisioneiro no seu próprio corpo: dizia que era como se estivesse dentro de um escafandro.
Aparentemente estava a recuperar, até já mexia um pouco a boca, quando uma pneumonia veio estragar tudo.
Conseguiu «escrever» um livro só com piscares de olhos.
Após dez dias da edição do livro, faleceu.

Elisabete Lourenço, n.º 8

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Saúde na mitologia: Asclépio (Esculápio) e família

Num artigo anterior falamos do deus grego Asclépio (mais conhecido pela versão latinizada do seu nome: Esculápio), cuja simbologia ainda representa as atividades relacionadas com a saúde. Hoje vamos apresentar o resto da sua família, a verdadeira «Família Saúde» da Antiguidade:

(Clique nos retângulos azuis para ver o artigo sobre cada divindade; clique na lupa para ver a imagem maior.)
Asclépio e família (árvore genealógica)

Árvore genealógica da família do deus Asclépio (mais conhecido pela versão latinizada do seu nome: Esculápio)

Em todo o rigor, Asclépio e a família não eram deuses, mas semideuses: uns teriam origem em heróis divinizados, outros (em especial as figuras femininas) seriam alegorias de determinados aspetos da saúde. No entanto, por uma questão de simplicidade, e também porque o seu culto era prevalente, usaremos os termos «deus» e «deusa» para nos referirmos a eles.

Asclépio era casado com Epíone (deusa calmante da dor) e tinha cinco filhas e três filhos:

  • Panaceia, deusa da cura de todos os males
  • Hígia (ou Higeia), deusa da preservação da saúde
  • Iaso, deusa dos remédios e dos modos de cura
  • Aceso, deusa do processo de cura
  • Égle, deusa do resplendor saudável
  • Telésforo, deus da convalescença ou da recuperação
  • Macaão e Podalírio, médicos lendários divinizados

Devido à origem dispersa dos mitos gregos, algumas fontes apresentam todos os oito como filhos de Epíone (como na nossa árvore genealógica), enquanto outras apontam diferentes mães para alguns deles.

Para além de Asclépio, eram particularmente importantes as suas filhas Panaceia e Hígia, cujas representações são relativamente comuns (sozinhas ou a acompanhar o pai).
O tradicional juramento médico, o «Juramento de Hipócrates», menciona os três:

«Eu juro, por Apolo, médico*, por Esculápio, Higeia e Panaceia, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo o meu poder e a minha razão, a promessa que se segue […]»

* Literalmente, «curandeiro» (o que cura).

Telésforo (que é representado como uma criança ou um anão) surge também frequentemente a acompanhar o seu pai e a irmã Hígia.

Díptico romano

Esculápio (com Telésforo) e Hígia
(díptico romano do séc. V d.C.)

relevo romano

Hígia, Esculápio e Telésforo
(relevo romano)

Asclépio e as filhas

Asclépio acompanhado de Telésforo, Panaceia e Hígia (as filhas confundem-se na sua representação)

Ex-voto a Asclépio e Hígia

Ex-voto do século II d.C., a agradecer a cura de uma perna*

* «A Esculápio e Hígia, Tykhe [dedicou isto como] reconhecimento».
(Curiosamente, o afortunado que teve a perna salva chamava-se «Tykhe», isto é… Sorte!)

Friso de Filípolis

Friso de Filípolis (séc. II d.C.): Asclépio e a família. Segundo alguns autores: Égle (ou Luna), Iaso, Telésforo, Asclépio, Panaceia (ou Hígia), Epíone, Podalírio e Macaão. Segundo outros: Iaso, Panaceia, Telésforo, Asclépio, Hígia, Aceso, Podalírio e Macaão.

Em artigos futuros falaremos de cada membro da «Família Saúde» em particular.

Asclépio (Esculápio) Epíone Panaceia Hígia (Higeia) Iaso Aceso Égle Telésforo Podalírio Macaão ver imagem maior
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Infeção hospitalar (3)

Vídeo selecionado por Micael Silva, n.º 11

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Infeção hospitalar (2)

Vídeo selecionado por Tatiana Medeiros, n.º 14

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Infeção hospitalar (1)

Vídeo selecionado por Domingos Guedes, n.º 7

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