Visita ao Centro de Fisioterapia Galavita – Lamego

1.º Curso TAS no Centro de Fisioterapia Galavita

1.º Curso TAS no Centro de Fisioterapia Galavita

No dia 3 de julho, pelas 10 h, o 1.º Curso TAS, no âmbito da disciplina de Higiene, Saúde e Cuidados Gerais, conheceu as instalações do Centro de Fisioterapia da Clínica Galavita em Lamego.
Os alunos foram recebidos e guiados por um Técnico Auxiliar de Saúde que apresentou as instalações, os equipamentos e a oferta de serviços do Centro.
Foi uma oportunidade para conhecer uma arquitetura adaptada aos serviços oferecidos, as “boxes” para tratamentos individuais ou em pares, a secção infantil e a de ginásio, o gabinete de trabalho, onde se assistiu à preparação do parafango. As máquinas de ultrassons, de produção de gelo e de drenagem linfática foram uma completa novidade para os alunos.
A professora de Higiene, Saúde e Cuidados Gerais e os alunos agradecem a disponibilidade e a simpatia dos profissionais que os acompanharam, bem como a oportunidade de conhecer um futuro local de trabalho.

Publicado em ES´TAS de visita, HSCG | Comentários fechados em Visita ao Centro de Fisioterapia Galavita – Lamego

Visita ao lar de terceira idade «Irmãs de S. Camilo»

Massagem às mãos

A tarde do dia 2 de Julho foi passada no lar de 3.ª idade «Irmãs de S. Camilo», em Lamego. Por iniciativa das professoras de Português e de Comunicação e Relações Interpessoais, foi preparada uma sessão constituída por dois momentos: um de leitura de textos, outro de massagens às mãos.

Foram lidos os poemas «Bela Infanta», da literatura tradicional, «Trem de Ferro» do poeta brasileiro, Manuel Bandeira, e quadras do poeta popular António Aleixo e ainda anedotas que fizeram as delícias dos idosos. Este momento cultural e o que se lhe seguiu de conforto (massagem às mãos) quebraram a monotonia da vida de um lar.

Os alunos sublinham que foi uma experiência muito gratificante e agradecem a oportunidade de conhecer mais um futuro local de trabalho, bem como o agrado com que idosos e profissionais os receberam, com destaque para a Senhora Madre Superiora.

Textos lidos:

Estava a bela infanta
No seu jardim assentada,
Com o pente de oiro fino
Seus cabelos penteava
Deitou os olhos ao mar
Viu vir uma nobre armada;
Capitão que nela vinha,
Muito bem que a governava.
—“Dize-me, ó capitão
Dessa tua nobre armada,
Se encontraste meu marido
Na terra que Deus pisava.”
—“Anda tanto cavaleiro
Naquela terra sagrada…
Dize-me tu, ó senhora
As senhas que ele levava.”
—“Levava cavalo branco,
Selim de prata doirada;
Na ponta da sua lança
A cruz de Cristo levava.”
—“Pelos sinais que me deste
Lá o vi numa estacada
Morrer morte de valente:
Eu sua morte vingava.”
—“Ai triste de mim viúva,
Ai triste de mim coitada!
De três filhinhas que tenho,
Sem nenhuma ser casada!…”
—“Que darias tu, senhora,
A quem no trouxera aqui?”
—“Dera-lhe oiro e prata fina
Quanta riqueza há por í.”
—“Não quero oiro nem prata,
Não nos quero para mi’:
Que darias mais, senhora,
A quem no trouxera aqui?”
—“De três moinhos que tenho,
Todos os três tos dera a ti;
Um mói o cravo e a canela,
Outro mói do gerzeli:
Rica farinha que fazem!
Tomara-os el-rei para si.”
—“Os teus moinhos não quero,
Não os quero para mi:
Que darias mais, senhora,
A quem to trouxera aqui?”
—“As telhas do meu telhado,
Que são de oiro e marfim.”
—“As telhas do teu telhado
Não nas quero para mi’:
Que darias mais, senhora,
A quem no trouxera aqui?”
—“De três filhas que eu tenho
Todas três te dera a ti:
Uma para te calçar,
Outra para te vestir
A mais formosa de todas
Para contigo dormir.”
—“As tuas filhas, infanta,
Não são damas para mi’:
Dá-me outra coisa, senhora,
Se queres que o traga aqui.”
—“Não tenho mais que te dar.
Nem tu mais que me pedir.”
—“Tudo não, senhora minha.
Que inda não te deste a ti.”
—“Cavaleiro que tal pede,
Que tão vilão é de si,
Por meus vilãos arrastado
O farei andar por aí
Ao rabo do meu cavalo
À volta do meu jardim.
Vassalos, os meus vassalos,
Acudi-me agora aqui!”
—“Este anel de sete pedras
Que eu contigo reparti…
Que é dela a outra metade?
Pois a minha, vê-la aí!”
—“Tantos anos que chorei,
Tantos sustos que tremi!…
Deus te perdoe, marido,
Que me ias matando aqui.”

(Da tradição oral)
 

Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virge Maria que foi isso maquinista?
Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força
(trem de ferro, trem de ferro)
Oô…
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
Da ingazeira
Debruçada
No riacho
Que vontade
De cantar!
Oô…
(café com pão é muito bom)
Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficiá
Oô…
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matar minha sede
Oô…
Vou mimbora vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
Oô…
Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente…
(trem de ferro, trem de ferro)

(Manuel Bandeira)
 

P’ra mentira ser segura
e atingir profundidade,
tem que trazer à mistura
qualquer coisa de verdade.

Enquanto o homem pensar
que vale mais que outro homem,
são como os cães a ladrar,
não deixam comer, nem comem.

Eu já não sei o que faça
pr’a juntar algum dinheiro
se eu vendesse a desgraça
já eu era banqueiro.

O mundo só pode ser
melhor do que até aqui,
— quando consigas fazer
mais p’los outros que por ti!

Eu não sei porque razão
certos homens, a meu ver,
quanto mais pequenos são
maiores querem parecer.

Uma mosca sem valor
poisa, c’o a mesma alegria,
na careca de um doutor
como em qualquer porcaria.

Entre leigos ou letrados,
fala só de vez em quando,
que nós, às vezes, calados,
dizemos mais que falando.

Tem a música o poder
de tornar o homem feliz;
nem há quem saiba dizer
tanto quanto ela nos diz.

Porque será que nós temos
na frente, aos montes, aos molhos,
tantas coisas que não vemos
nem mesmo perto dos olhos?

Quantas sedas aí vão,
quantos colarinhos,
são pedacinhos de pão
roubados aos pobrezinhos!

Quando os Homens se convençam
Que à força nada se faz,
Serão f’lizes os que pensam
Num mundo de amor e paz.

Julgando um dever cumprir,
Sem descer no meu critério,
— Digo verdades a rir
Aos que me mentem a sério!

Alheio ao significado,
Diz o povo, e com razão,
Quando ouve um grande aldrabão:
— Dava um bom advogado.

Há tantos burros mandando
Em homens de inteligência,
Que às vezes fico pensando
Que a burrice é uma ciência!
Para não fazeres ofensas
E teres dias felizes,
Não digas tudo o que pensas,

Mas pensa tudo o que dizes.
Acho uma moral ruim
trazer o vulgo enganado:
mandarem fazer assim
e eles fazerem assado.

(António Aleixo)

Publicado em CRI, ES´TAS de visita, ES´TAS em ação | Comentários fechados em Visita ao lar de terceira idade «Irmãs de S. Camilo»

Visita ao Teatro Municipal de Vila Real

Por fim, visitámos o Teatro Municipal de Vila Real. Numa breve exposição, ficámos a conhecer algumas das razões do sucesso desta casa, o número de espetadores, a variedade dos espetáculos, a especificidade técnica e o público das duas salas, o trabalho dos que se dedicam a esta instituição. Também a eles, o nosso agradecimento.

Publicado em ES´TAS de visita | Comentários fechados em Visita ao Teatro Municipal de Vila Real

Visita à Ortopedia Real

No mesmo dia, seguimos para a loja «Ortopedia Real», onde fomos recebidos pelo proprietário, o Senhor António Martins, que nos mostrou muitos equipamentos de apoio às pessoas com deficiência temporária ou definitiva: camas articuladas com elevador, colchões de água, de látex, de silicone, almofadas de várias medidas e materiais consoante a zona corporal a que se destinam, cadeiras de rodas adaptadas e adaptáveis através do acoplamento de adereços, móveis — mobílias inteiras — feitas com esquinas rombas, para não magoar. Foi o experimentar da consistência dos materiais, foram as explicações pacientes e cuidadas do Senhor Martins, foi o conforto de ficarmos sentados a assistir e a participar na sua explicação que fizeram desta uma oportunidade única de conhecermos materiais que o mercado oferece para prevenir as úlceras de pressão de pessoas com mobilidade reduzida ou nula. Foi uma aula prática muito proveitosa.

Publicado em ES´TAS de visita, HSCG | Comentários fechados em Visita à Ortopedia Real

Visita à UTAD

Cyberlink, equipamento que permite usar o computador apenas piscando um olho

Cyberlink, equipamento que permite usar o computador apenas piscando um olho

No dia 21 de junho, visitámos o Centro de Engenharia da Reabilitação e Acessibilidade da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real. Neste espaço avaliam-se as capacidades de pessoas com deficiência temporária ou permanente, com vista à escolha e adaptação dos aparelhos e programas informáticos (ajudas técnicas) adequados a cada situação.

Rato de computador para usar com a boca

Rato de computador para usar com a boca

Vimos como um cego pode “ler” online (usando legendagem em Braille ou um “narrador” automático), como um tetraplégico pode comunicar por escrito piscando apenas um olho (uma ideia colhida no filme já aqui referenciado, O Escafandro e a Borboleta, e adaptada às novas tecnologias), bem como uma panóplia de teclados e rato especiais destinados a utilizadores com múltiplas deficiências.

Ao Senhor engenheiro Fernando Gouveia o nosso agradecimento por nos ter recebido e por nos ter apresentado um mundo tão interessante e prometedor.

Publicado em ES´TAS de visita | Comentários fechados em Visita à UTAD

Saúde na mitologia: Macaão e Podalírio, médicos lendários divinizados

As primeiras referências a Macaão e Podalírio* surgem precisamente no mais antigo livro conhecido da Literatura Ocidental: a Ilíada, de Homero. Aí, os dois filhos de Asclépio (Esculápio) são apresentados (Canto II) como reis e líderes guerreiros que acompanham Aquiles, Ulisses e os demais heróis Aqueus (isto é, os Gregos) na guerra de Tróia e também, como seu pai, como «excelentes médicos». A sua mãe, segundo a tradição, seria Epíone, embora tal não seja referido na obra de Homero.

Macaão, em especial, tem um papel de alguma importância neste épico. Logo no Canto IV salvou a vida de Menelau (rei de Esparta e uma das personagens principais da história), que tinha sido gravemente ferido por uma seta troiana.

Macaão cura Menelau

Macaão cura Menelau

Mais tarde, no Canto XI, é a vez de Macaão ser ferido na batalha, o que lançou o receio entre os Gregos, que temiam perder um valioso trunfo,

Pois um médico é homem que vale por muitos outros,
quando se trata de retirar setas e aplicar fármacos apaziguadores.**

Segundo uma tradição posterior, Macaão seria cirurgião. A etimologia do seu nome parece apontar nesse sentido:

Macaão (gr. Μαχάων)

Μάχαιρα [makhaira] s. f. Faca; bisturi; arma de combate, cimitarra.
Μαχαιρίς [makhairis] s. f. Navalha de barba.

Quanto ao seu irmão, Podalírio, segundo alguns autores, seria especialista no diagnóstico clínico, incluindo psiquiátrico: teria sido ele o primeiro a detetar sinais de loucura no herói Ájax. A etimologia do seu nome (gr. Ποδαλείριος) é estranha — qualquer coisa como «Pé de Lírio»— , não parecendo ter qualquer relação com o seu papel de médico.

Com o tempo, e tal como outras personagens épicas, os dois irmãos médicos seriam divinizados, tendo o seu culto conhecido grande popularidade na Grécia Antiga.

* “Macáon” e “Podalério”, na premiada tradução que Frederico Lourenço fez da Ilíada.
** Tradução de Frederico Lourenço.
Publicado em História | Comentários fechados em Saúde na mitologia: Macaão e Podalírio, médicos lendários divinizados

Da mitologia à (nossa) realidade

A receção da Hígia

Em maio, os alunos do 1.º Curso TAS receberam o manequim humano. Na verdade, trata-se de um material indispensável para treinar a higiene completa de uma pessoa, a mudança de sacos coletores (por exemplo: de doentes colostomizados) e muito útil para aprender a posicionar/mobilizar doentes acamados.
Radiantes com a esperada novidade, os alunos quiseram escolher um nome para o manequim. Depois de duas sugestões, o Domingos lembrou-se de que o nome da deusa da preservação e da saúde, filha de Asclépio (Esculápio) e Epíone, seria apropriado. E como este momento ocorreu numa aula de Higiene, Saúde e Cuidados Gerais, disciplina em que o manequim será mais utilizado, a turma considerou-o apropriadíssimo. A partir de então, todos a nomeamos por Hígia.

Publicado em HSCG | Comentários fechados em Da mitologia à (nossa) realidade

Mobilização de doentes acamados

Publicado em HSCG, Vídeos | Comentários fechados em Mobilização de doentes acamados

Exercícios para doentes que sofreram AVC

Publicado em HSCG, Vídeos | Comentários fechados em Exercícios para doentes que sofreram AVC

Mobilização de membros inferiores e superiores

Publicado em HSCG, Vídeos | Comentários fechados em Mobilização de membros inferiores e superiores